Manter a piscina limpa o ano todo ajuda no combate à dengue
Veja as recomendações para tratar a piscina, mesmo no frio, e afastar criadouros do mosquito da dengue
Na luta para vencer a dengue, a limpeza tem papel fundamental.
Isso porque os cuidados passam por manter ambientes limpos e livres de criadouros.
Sem dúvida, entre os locais de risco estão as piscinas.
Portanto, o tratamento da água é essencial a fim de evitar possíveis criadouros do Aedes aegypti, o mosquito transmissor da dengue.
De acordo com a Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa) da Secretaria Municipal da Saúde da cidade de São Paulo, um tratamento adequado pode ser feito com cloro.
No caso de uma piscina em desuso, o recomendado é esvaziá-la, cobrir com uma capa ou lona esticada.
Todavia, é preciso ter cuidado para que a água também não se acumule sobre a cobertura.
Já para a piscina plástica infantil, o indicado é esfregar as partes internas com água e sabão e trocar a água semanalmente. E quando não estiver em uso, guardar para evitar que a água se acumule.
Vistoria e cuidados permanentes
“Durante as vistorias dos agentes de saúde, se constatado um local com piscina, o munícipe é devidamente orientado sobre as medidas de controle do mosquito da dengue e eliminação de criadouros. Se observada a presença de larvas no local, é realizado o tratamento com larvicida”, informa a Covisa.
Logo, os cuidados devem ser permanentes, ou seja, mesmo no inverno é preciso manter o tratamento.
Gleison A. Marthir, Responsável Técnico na Keepclor/Chemie, lembra que, no inverno, a temperatura da água da piscina cai drasticamente.
Com isso, os banhistas simplesmente não têm vontade de dar um mergulho e na maioria das vezes a piscina não recebe o tratamento mínimo para manter sua qualidade.
“O abandono do tratamento não é a maneira mais econômica e segura. Lembrem-se que o mosquito da dengue se prolifera em água parada sem tratamento”, alerta Marthir.
Dicas para o inverno
Para tanto, Marthir relaciona algumas dicas para o tratamento da piscina no inverno, com mais economia e segurança.
O primeiro ponto é verificar se todos os equipamentos do sistema estão funcionando perfeitamente e ajustar os parâmetros químicos da água.
Outra dica é realizar uma aplicação de choque com cloro, o que vai auxiliar na eliminação total da carga orgânica, inclusive quebrando a resistência dos microrganismos. Tal ação garante um maior período de estabilidade da água.
Também é fundamental manter o sistema de filtração funcionando de modo reduzido (seis horas por dia, três vezes por semana), e retrolavar o filtro uma vez por semana.
A aplicação semanal de produto químico apropriado é importante para que a água fique livre de microrganismos e larvas de insetos.
Além disso, deve-se manter as visitas rotineiras de um piscineiro, que possui experiência para realizar as dicas passadas com mais eficiência, assertividade e segurança.
“As indicações remetem a uma ação pontual, visando a estabilidade do tratamento da água, evitando custos desnecessários na retomada do tratamento pós-inverno e, principalmente, a proliferação do mosquito da dengue”, pondera Marthir.
Piscinas como criadouros
Todo esse cuidado é necessário porque a fêmea do mosquito da dengue deposita seus ovos em praticamente qualquer recipiente, inclusive seco ou com água parada, seja ela limpa ou suja, explica Junior Galinari, gerente de Marketing na HidroAll.
“No caso das piscinas, os ovos são depositados na borda logo acima da água. Eles ficam fortemente colados e são bastante resistentes, podendo permanecer por até dois anos à espera do contato com a água para eclodirem”, informa Galinari.
Quando isso finalmente acontece, nascem as larvas, que crescem se alimentando dos resíduos orgânicos microscópicos presentes na água.
Galinari diz que em piscinas já infestadas com larvas do mosquito Aedes aegypt é possível impedir o desenvolvimento e eliminá-las, porém, em dosagens diferentes das utilizadas normalmente para o tratamento da água.
Certamente, a atenção com os criadores também vale para as piscinas aquecidas.
“A água aquecida favorece a proliferação dos microrganismos causadores de doenças. Além disso, a temperatura elevada aumenta a produção de suor dos banhistas e, como consequência, a carga de matéria orgânica depositada na água”, relata Galinari.
De olho na água
De modo geral, o principal indicador de que uma piscina precisa de atenção é o tom esverdeado.
Tal característica é, geralmente, sinal do desenvolvimento de algas, que surgem pela ação do vento, queda de folhas e pela água das chuvas.
Portanto, se os proprietários de piscinas imaginam que podem economizar ao reduzir o tratamento nas estações mais frias do ano, a surpresa pode ser grande no verão, quando será necessário um tratamento de choque e a demanda de produtos será muito maior.
“Isso sem falar no risco de ocorrer desgaste na estrutura, surgirem manchas e incrustações nas paredes, efeitos que podem ser irreversíveis”, alerta Galinari.
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Fonte: Abralimp
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