FM: tendências para a gestão de serviços sustentáveis

Veja as novidades, tendências e movimentos que os profissionais de Facility Management precisam acompanhar, debatidos no IV Encontro Nacional de FM

O IV Encontro Nacional de Facility Management, evento paralelo à Higiexpo, ofereceu palestras gratuitas com informações para promover o desenvolvimento e auxiliar nas rotinas das empresas.

Durante os três dias da feira, dentro da Área do Conhecimento – Auditório Vermelho, os participantes tiveram a oportunidade de ouvir de especialistas em FM importantes orientações para atuar com maior sucesso nesse campo.

A defesa do FM para um futuro sustentável foi o tema de abertura das apresentações do Auditório Vermelho, que em seu primeiro dia de atividades abordou assuntos como gestão de facilities tendo em vista o uso da energia solar e as tendências para locação de móveis

Os espaços de trabalho foram profundamente afetados pela pandemia e a questão está entre permanente discussão pela importância de viabilizar a customização desses locais.

No segundo dia do evento, 10/08, a arquiteta Camila Nagay, conduziu a palestra Design Resiliente para espaços de trabalho, no Auditório Vermelho, falando para o público de manutenção predial e temas relacionados como a questão do design resiliente desponta no cenário em resposta à preocupação com questões climáticas e, mais especificamente, de modo acelerado pelo enfrentamento da pandemia.

Design resiliente nos escritórios

“É algo que deve ser pensado na elaboração e manutenção de um projeto. Temos visto a importância da resiliência. Design resiliente é uma tradução de termo americano que, basicamente, significa antever acontecimentos e se preparar para eles”, explicou Camila em entrevista para a Revista Higiplus.

A preocupação de antecipar os acontecimentos foi exemplificada pela arquiteta com a pandemia. “Se a gente tivesse conseguido prever que ela chegaria e seus impactos, com certeza teríamos agido de outra forma.”

Ao falar sobre os espaços de trabalho, sua palestra buscou focar na existência dos mais variados contextos que podem interferir nos desenhos dos escritórios.

“Resiliência é a forma de suportar as adversidades, não só resistir, mas se adaptar, ser flexível às adversidades. Isso cabe também ao espaço de trabalho, arquitetura e edificação. É preciso entender como os projetos para escritórios e espaços de trabalhos podem suportar adversidades, dentre elas uma pandemia ou alagamentos”, pontua.

Segundo a arquiteta, o Brasil ainda está longe do modelo ideal. “Temos discutido o tema e quando falamos em designer resiliente muitas pessoas ouvem com certo estranhamento, mas ao explicar vem a percepção de que já conheciam a tendência sem ligar ao nome.”

A pandemia acelerou os processos para avançar nas tendências desse mercado, mas Camila reconhece que há um longo caminho a percorrer.

Cuidar do ar interno 

A gestão da qualidade do ar interno (ISO 16.000-40) foi o tema do evento da tarde do dia 11/08, que teve como palestrantes o médico e professor Gonzalo Vecina, e Leonardo Cozac, engenheiro e presidente do PNQAI.

O uso do ar-condicionado é um ponto que requer atenção, ainda mais em tempo de pandemia. Cozac destacou que existem meios eficientes para o controle da qualidade interna do ar, os quais consideram aspectos físicos de ambientes e pessoas para melhor medir e adequar processos. 

Para Vecina, um dos desafios para o controle da qualidade do ar é a construção do conhecimento. 

“(Conhecimento) é a questão mais crítica, pois quando falamos de qualidade do ar, falamos de microrganismos e essa preocupação aumenta em hospitais, onde temos pessoas fragilizadas “, ponderou Vecina.

A climatização adequada de ambientes gera aumento do custo fixo e isso muitas vezes é encarado somente como despesa pelas empresas, sem considerar os benefícios das mudanças proporcionadas, considera Cozac.

Para ele, a avaliação do afastamento de colaboradores por doenças respiratórias pode mostrar o quanto é mais eficiente investir na qualidade do ar.

“É importante saber identificar a síndrome do edifício doente”, destacou Cozac ao falar dos métodos e meios para medir a relação entre afastamento e ocorrência de doença respiratória.

A palestra A contratação de facilities no mercado governamental, com Lara Brainer, diretora da Central de Compras e consultora do Banco Mundial, foi programada para encerrar o IV Encontro Nacional de FM.

Setor em destaque

Cada vez mais, a área de Facility Management tem sido requisitada para garantir que as organizações integrem seus setores, com vistas a solucionar problemas e inovar para atender demandas diversas.

A gestão da prestação de serviços (os facilities services) é fundamental para administrar situações emergenciais, coordenar diferentes atividades para atingir melhores resultados e implantar padrões de qualidade e segurança.

A Abralimp acompanha de perto esse tema e por meio de seus produtos e serviços oferece informações e conteúdo para que os profissionais de FM possam se manter atualizados e em dia com as novidades e tendências da área.

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Fonte: Abralimp

Fotos: Divulgação