Mãos à obra! Limpeza pós-obra gera oportunidades no setor

Um dos campos da limpeza profissional que tem se mostrado promissor é o de pós-obra                         

O entendimento de que a limpeza comum poderia colocar em ordem um edifício, escritório ou qualquer construção que tenha passado por obras vem dando lugar à contratação de serviço especializado em limpeza pós-obra.

A profissionalização e o empenho dos empreendedores em mostrar a importância de contratar equipes preparadas têm aberto oportunidades no mercado.

Mas o que diferencia a limpeza pós-obra?

De acordo com Osmar Viviani, diretor técnico da Consulimp, empresa de consultoria e treinamentos, o pós-obra é a fase que “deixa a edificação em condição habitável”.

Viviani explica que o pós-obra se divide, basicamente, em dois tipos de serviços. O primeiro é a limpeza grossa, em que todo o entulho, lixo e poeira são retirados.

Osmar Viviani, da Consulimp / Divulgação

A segunda fase é a limpeza fina, onde são tratados os mínimos detalhes para a limpeza de vidros, pisos, paredes, revestimentos e remoção de manchas, encerrando com a higienização.

Para Viviani, o pós-obra é um validador da construção, pois não é só limpar o que restou da edificação, mas analisar se tudo está funcionando corretamente, como ralos, torneiras, pontos de luz e instalações realizadas no local.

Abrangência da limpeza e importância da especialização

Realizar o pós-obra de modo eficiente requer conhecer as melhores práticas para remover e limpar os diferentes tipos de sujidades.

A poeira acumulada pede adequada aspiração e isso inclui sancas, luminárias, ar-condicionado e canaletas.

Porcelanatos, por exemplo, demandam produtos específicos, além da técnica correta para o tratamento, inclusive na observação do tempo exato de ação.

Produtos e água devem ser cuidadosamente controlados para não danificar nada em locais onde há instalação de madeiras e acabamento em tinta.

Lavadoras, aspiradores e os equipamentos que automatizam o processo exigem habilidade para operar. Multiusos, desincrustantes e demais produtos devem estar de acordo com o tipo de edificação.

Definir o melhor momento para a limpeza pós-obra

Como o próprio nome já diz, o adequado é que aconteça somente ao término da obra, após instalações de armários, equipamentos e quaisquer outros sistemas necessários.

Porém, na prática, nem sempre é o que acontece, informa Célia Branco de Miranda, do Projeto Obra+Limpa.

Célia Branco de Miranda, do Projeto Obra+Limp / Divulgação

“O ideal seria a limpeza ocorrer quando tudo estivesse pronto, montado, mas é algo raro. Sempre extrapola o planejamento e ficam etapas pendentes como serviços de marcenaria, gesso etc.”, pontua Célia.

Para ela, o planejamento é fundamental para alinhar as etapas da construção, montagens necessárias e, assim, finalizar a limpeza evitando retrabalho e custos desnecessários.

Viviani também lembra a importância de isolar cada ambiente em que a limpeza for finalizada, para fazer a entrega em adequada condição de higienização.

Planejar para ter sucesso

Fica claro que sem planejar as etapas e o melhor momento para a execução da limpeza ninguém chega à eficiência total.

Viviani ressalta que antes de fechar contratos é importante fazer a pré-vistoria para o orçamento, a fim de avaliar o grau de complexidade do local, o estágio da obra e saber se a limpeza será feita em mais etapas.

Também recomenda criar um check-list com as características do lugar e um passo a passo do trabalho que deverá ser feito. Por exemplo, se existem ralos, se haverá necessidade de aspiradores, enfim, todos os itens que possam demandar serviços específicos.

Sem esquecer de confirmar a disponibilidade de água e energia no momento da limpeza.

Descarte de entulhos

Eliminar os resíduos que sobraram da construção, de forma responsável, é atribuição de quem executa o pós-obra.

Segundo Viviani, essa é mais uma vantagem da contratação do prestador especializado, que não jogará em rios, terrenos e locais impróprios.

O descarte inclui o entulho grosso, poeira, gesso, resto de concreto, rejunte e demais materiais espalhados.

Mercado aquecido

Viviani considera que o mercado está em franca expansão. “Muitos se aventuram, mas hoje há o entendimento de que o pós-obra é um braço importante das empresas de limpeza. Não é um trabalho para curiosos.”

Para atuar na área é preciso qualificar a mão de obra e investir em equipamentos adequados.

Oportunidades surgem no nicho das construtoras, uma vez que novos empreendimentos são frequentes e contratos podem ser fechados para a parte final da limpeza pós-obra.

Valorização do profissional

Célia ressalta que entre as dificuldades do setor estão a falta de entendimento sobre a necessidade de contratar serviços especializados e a questão da precificação.

“Muitos clientes olham para quem faz a limpeza como um profissional desqualificado e acabam buscando por mão de obra barata”, alega Célia ao lembrar que o grande erro é pensar que a limpeza não exige qualificação.

Para ela, não é possível delegar a limpeza de revestimentos que chegam a custar R$ 5 mil/m2 para um prestador que não tenha treinamento e qualificação. “Existe a desvalorização do serviço na nossa sociedade”, afirma ao lembrar que se trata de uma profissão nobre, que deixa o ambiente limpo para o outro usar.

Viviani alerta que o lado profissional precisa ser considerado desde o contrato, prevendo trabalhar com colaboradores registrados, uniformizados, treinados para o uso de EPIs e para a execução correta do trabalho.

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Fonte: Abralimp

Fotos: Divulgação e Freepik