Como manter uma piscina limpa
Saiba como fazer a manutenção e os pontos de atenção para deixar a piscina sempre saudável para os frequentadores
Faça chuva ou sol, os praticantes da natação esperam encontrar a piscina em condições ideais para mergulhar.
Com o calor, os banhistas aumentam e com isso a preocupação com a manutenção e limpeza.
Segundo Gleison A. Marthir, diretor de Produtos e P&D na Chemie Saúde Ambiental, com o uso mais intenso da piscina, a frequência de verificação e o consumo de produtos para limpeza aumentam consideravelmente.
Também o nível de sujidade varia bastante por diferentes fatores.
“Depende muito da localização da piscina. No caso de piscinas cobertas, a maior incidência é de oleosidade na água. Já nas piscinas abertas o maior volume é de detritos oriundos de vegetação e poeiras”, diz Marthir.
A lista de sujeiras inclui insetos e matérias orgânicas como protetores solares, repelentes, bronzeadores, cremes, urina, suor, fezes, alimentos, pelos, além de sujidades inorgânicas como terra e poeiras diversas trazidas pelo usuário ou pelo vento.
Mergulhar com segurança
Junior Galinari, gerente de Marketing da HidroAll do Brasil, explica que por ser um tanque de água parada é essencial que a água seja tratada e haja manutenção regular, com os parâmetros ajustados e residual de cloro constante para garantir saúde e segurança dos banhistas.
“Envolve a transmissão de doenças causadas por microrganismos e bactérias por ingestão ou contato com água contaminada, além do risco de doenças transmitidas por insetos que se desenvolvem na água”, destaca Galinari.
E vale lembrar que abandonar a manutenção pode interferir no fator custo, pois será muito mais caro recuperar a água e as instalações da piscina em comparação aos cuidados periódicos, sem falar do risco de entupimento e avaria dos equipamentos.
Frequência do monitoramento
Petherson Del-se-ch Santos, responsável técnico na ATcllor, diz que não existe uma regra para a frequência de limpeza.
Isso porque as piscinas são diferentes umas das outras, tanto em volume, quanto em fonte de água, como em climas e principalmente pela conscientização dos usuários para o uso correto.
“Por isso o monitoramento dos parâmetros é essencial para garantir que a piscina esteja limpa e protegida. Verificando diariamente, automaticamente temos a limpeza de manutenção e o tratamento é mais facilitado”, explica Santos.
No entanto, antes do tratamento da água, o primeiro passo é a limpeza física, retirando sujeira do fundo, folhas e insetos da superfície, do skimmer (coadeira) e do filtro.
Em suma, é preciso repor o nível da água se necessário e analisar os parâmetros de alcalinidade, pH e dureza total da água.
Conferir as propriedades da piscina
Ademais, para garantir o tratamento eficaz, é fundamental saber o volume da piscina para as dosagens precisas dos produtos.
O pH indica a acidez ou basicidade na água da piscina.
Por sua vez, a alcalinidade é definida como a quantidade de substâncias presentes na água capaz de neutralizar ácidos.
Já a dureza é a medida de sais de cálcio e magnésio na água.
Com todos os parâmetros ajustados, a água estará pronta para a etapa mais importante, que é a desinfecção com o cloro.
O ideal é manter o cloro residual sempre entre 1 e 3ppm (partes por milhão), o que garante proteção da água da piscina contra contaminações.
O que diz a normativa
Marthir explica que existem inúmeras opções de tratamento para águas de recreação, porém, no Brasil, produtos destinados a aplicação de desinfecção da água de piscinas devem seguir uma normativa federal, a RDC n° 774, de 15 de fevereiro de 2023, CAPÍTULO V, Art. 22, que diz: “Somente são permitidas como substâncias ativas aquelas constantes da lista do Code of Federal Regulation nº 21, parágrafo 178.1010, e as da Diretiva nº 98/8/CE, obedecendo as respectivas restrições e suas atualizações”.
A norma autoriza para tal aplicação produtos liberadores de cloro livre, sais de quaternário de amônio e outros compostos para tratamentos de águas.
“Tratamentos alternativos, que não possui os compostos autorizados pela norma, necessariamente devem incluir aos seus tratamentos residual de algum compostos aprovados pela RDC”, enfatiza Marthir.
Galinari destaca que, conforme norma ABNT NBR 10818/1989, o único capaz de cumprir a função é o cloro.
“Todos os equipamentos utilizados para desinfecção da água devem ser de uso suplementar, e não em substituição ao cloro”, explica.
Desse modo, mesmo os sistemas ionizadores, ozonizadores e de ultravioleta devem conter residual de cloro ou quaternário de amônio.
E a limpeza vai além da água
Adicionalmente, é fundamental garantir a limpeza das bordas com os produtos adequados para não alterar os parâmetros da água da piscina nem gerar espuma.
“E a esfregação de paredes e fundo para desprendimento de algas e sujeiras deve ser feita com equipamento adequado para não agredir o revestimento”, diz Santos.
Embora o tratamento das piscinas não mude em função do tipo de revestimento, alguns produtos podem provocar desbotamento, ressecamento e rachaduras.
Quanto à área externa, deve-se manter o entorno da piscina limpo, removendo folhas, insetos, dejetos de animais, para que o vento, a chuva e até mesmo o próprio usuário não carreguem a sujeira para a água, prejudicando todo o processo de desinfecção.
Técnica e segurança na limpeza
Por tudo isso, Santos destaca a importância de buscar conhecimento para a limpeza da piscina, entender os parâmetros e não fazer no “achômetro”.
“Pode ser altamente prejudicial ao usuário, além de gastar produtos demais”, enfatiza ao recomendar que todos os procedimentos sejam feitos com o uso dos EPI’s adequados.
Sem dúvida, o mercado oferece diferentes produtos e acessórios para a manutenção e tratamento de piscinas.
E eles estarão na próxima edição da Higiexpo, em agosto de 2024.
Lá, os expositores apresentarão as novidades e inovações para a limpeza e segurança das piscinas.
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Fonte: Abralimp