Personalizar preferências de consentimento

Utilizamos cookies para ajudar você a navegar com eficiência e executar certas funções. Você encontrará informações detalhadas sobre todos os cookies sob cada categoria de consentimento abaixo.

Os cookies que são classificados com a marcação “Necessário” são armazenados em seu navegador, pois são essenciais para possibilitar o uso de funcionalidades básicas do site.... 

Sempre ativo

Os cookies necessários são cruciais para as funções básicas do site e o site não funcionará como pretendido sem eles. Esses cookies não armazenam nenhum dado pessoalmente identificável.

Bem, cookies para exibir.

Cookies funcionais ajudam a executar certas funcionalidades, como compartilhar o conteúdo do site em plataformas de mídia social, coletar feedbacks e outros recursos de terceiros.

Bem, cookies para exibir.

Cookies analíticos são usados para entender como os visitantes interagem com o site. Esses cookies ajudam a fornecer informações sobre métricas o número de visitantes, taxa de rejeição, fonte de tráfego, etc.

Bem, cookies para exibir.

Os cookies de desempenho são usados para entender e analisar os principais índices de desempenho do site, o que ajuda a oferecer uma melhor experiência do usuário para os visitantes.

Bem, cookies para exibir.

Os cookies de anúncios são usados para entregar aos visitantes anúncios personalizados com base nas páginas que visitaram antes e analisar a eficácia da campanha publicitária.

Bem, cookies para exibir.

Mercado

Com venda de álcool 70% proibida no varejo, que produtos usar para limpeza?

Anvisa volta a proibir a venda de álcool líquido 70% a partir de 30 de abril                                                                                               

A venda livre do álcool líquido com a concentração 70%, de forma direta ao consumidor, não será mais permitida a partir de 30 de abril de 2024.

A medida atende a uma determinação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que havia flexibilizado a venda, em 2020, para ampliar a oferta de produtos desinfetantes em razão da pandemia Covid-19.

Desde 2002, a normativa da Anvisa determina que o álcool líquido 70% tem indicação de uso exclusivamente em estabelecimentos de assistência à saúde humana ou com fins industriais.

Em nota (reproduzida abaixo), a Anvisa reforça que continua liberada a venda de álcool etílico 70% em outras formas físicas.

Entre elas estão o gel, lenço impregnado e aerossol disponíveis em supermercados, farmácias e demais estabelecimentos do varejo.

Todavia, na forma líquida, somente o álcool etílico em concentração inferior a 54° GL (54 graus Gay Lussac) estará disponível no varejo.

Riscos e enganos sobre o álcool 70%

Fernanda Cerri, da Indeba

Fernanda Cristina Cerri, gerente operacional da Indeba e diretora da Câmara de Fabricantes de Químicos da Abralimp, diz que o álcool é um excelente desinfetante, mas oferece riscos, principalmente por ter uma chama transparente que leva a acidentes muitas vezes sem que o usuário perceba.

Ela explica que apesar da capacidade antibactericida o álcool não é um limpador.

“Muitos aplicam o álcool direto, mas antes é preciso ter a ação de um detergente ou produto com capacidade de limpar”, destaca Fernada.

Além disso, ela acrescenta que para o álcool 70% agir a aplicação requer fricção em repetidas vezes.

Isso porque é um produto que evapora muito rápido deixando a superfície antes mesmo de fazer o efeito.

“É um equívoco pensar que aplicar uma única vez já estará tudo desinfetado”, diz Fernanda.

Produtos substitutos do álcool 70%

Sergio Merlo, da Sevengel

Com a vedação da venda a pergunta que fica para muitos é o que usar no lugar do álcool.

Segundo Sergio Merlo, gerente de Marketing e Vendas da Sevengel, uma das alternativas é utilizar o peróxido de hidrogênio.

Trata-se de um limpador melhor que o álcool, porém recomendado somente para superfícies fixas, como mesas, revestimentos de paredes, chão, sempre evitando áreas porosas e que tenham contato com alimentos.

Além do peróxido de hidrogênio, o quaternário de amônio e o cloro são substitutivos do álcool 70%, tanto no uso doméstico como institucional, tendo ainda a biguanida entre as substâncias indicadas para a descontaminação de superfícies fixas.

“Ressalto que no uso profissional muitos já não adotam o álcool tanto pelo preço mais elevado quanto pelo conhecimento de que ele não tem ação apropriada de limpeza”, pontua Merlo.

O que evitar na limpeza

Merlo também adverte que usar o álcool 70% em gel como substituto não é uma boa solução.

Isso porque o gel deixa resíduos do componente ou do espessante, muitas vezes exigindo o enxágue.

Contudo, a recomendação dos produtos substitutivos mencionados não vale para áreas de contato com alimentos.

Nesse caso, é preciso buscar produtos apropriados e sempre verificar a rotulagem para conferir a indicação de uso do fabricante.

Fernanda lembra que no mercado há produtos à base de quaternário de amônio e peróxido de hidrogênio que já contêm soluções detergentes.

Sem dúvida, são boas opções, uma vez que reduzem uma etapa ao efetuar a limpeza e desinfetar ao mesmo tempo.

Uso do álcool 70% ganhou diferentes finalidades, inclusive na limpeza

 

Ressurgimento de um costume

Luiz Mattos, CEO da Limp Serv

Para Luiz Mattos, CEO da Limp Serv, com a vedação aplicada pela Anvisa vem à tona o que ele nomeia de “lei de usos e costumes”.

Ele explica que o ressurgimento do álcool 70% para uso em tudo é bastante complicado.

Por ser volátil, mostrou-se de fácil aplicação e se popularizou.

Assim, depois de anos, voltou às prateleiras ganhando uso para desinfecção de mãos, objetos, superfícies, vidros e as mais diversas finalidades dentro da cultura popular.

E mesmo diante da constatação de que o álcool 70% não desinfeta na simples aplicação, o que estava em desuso voltou a ter evidência entre os consumidores.

Entretanto, trata-se de um produto de alto grau de inflamabilidade, justamente o ponto que levou à proibição do uso sem controle.

“É importante ter a nota da Anvisa para fazer valer a legislação vigente sobre o comércio do álcool 70%”, diz Mattos ao lembrar que o produto além dos riscos de incêndio, custo elevado e demandar grande quantidade para ter a ação esperada, ainda estraga superfícies e eletrônicos, por exemplo.

Atenção para o que diz o fabricante

A dica é que os consumidores busquem produtos homologados com ação desinfetante.

Além de mais baratos são mais eficientes para a limpeza.

Por fim, os profissionais orientam que é importante verificar os rótulos com as informações dos fabricantes para entender o modo de uso, a ação e as restrições do saneante escolhido.

Para saber mais sobre os produtos químicos (detergentes e desinfetantes) indicados para a limpeza e o modo correto de aplicação, a Videoaula – Técnicas de Limpeza, da UniAbralimp, explica as técnicas e procedimentos.

Saiba mais sobre o conteúdo do curso e inscreva-se.

Reprodução da nota divulgada pela Anvisa:

A vedação da venda livre do álcool líquido com a concentração 70% foi determinada em 2002, pela Resolução - RDC nº 46/2002. Porém, em razão da pandemia de Covid-19 e da necessidade da maior oferta de produtos desinfetantes, a venda livre do álcool etílico 70% líquido foi permitida de forma excepcional.

Em 2022, a norma foi consolidada, sem alteração de mérito, em norma atual que dispõe sobre a industrialização, exposição à venda ou entrega ao consumo, em todas as suas fases, do álcool etílico hidratado em todas as graduações e do álcool etílico anidro, como produto destinado a limpeza de superfície, desinfecção e antissepsia da pele ou substância.

Após, com o objetivo de manter o produto disponível para o combate de novos casos de infecção pelo vírus COVID-19 (à época da sua edição) e, também, como possível agente de mitigação da transmissibilidade da MonkeyPox, a Resolução - RDC nº 766/2022 estabeleceu uma excepcionalidade temporária à regra vigente, permitindo a venda direta ao consumidor do álcool 70%, na forma física líquida, até 31/12/2023, com possibilidade de esgotamento dos estoques até 29/04/2024.

Reforça-se que há disponível no mercado álcool etílico 70% em outras formas físicas, como gel, lenço impregnado, aerossol. E, na forma líquida, há disponível álcool etílico em concentração inferior a 54º GL (cinquenta e quatro graus Gay Lussac).

Os consumidores podem lançar mão de produtos saneantes destinados à limpeza contendo tensoativos e outras substâncias capazes de remover sujidades. Também estão à disposição os saneantes com ação antimicrobiana, à base de outros componentes que não o álcool, da categoria Desinfetante para Uso Geral, que também inativam microrganismos prejudiciais à saúde como o SARS-CoV2 (causador da Covid-19).

Fonte: Abralimp

Fotos: Freepik / Freepik / Divulgação