Piscinas no inverno: como manter a limpeza e o tratamento adequados
Mesmo com menor uso nas estações mais frias, piscinas internas e externas exigem cuidados técnicos para garantir água segura e evitar proliferação de microrganismos.
Com a chegada do inverno, muitas piscinas deixam de ser utilizadas com frequência, especialmente as externas. No entanto, a manutenção da água, das bordas e das áreas ao redor continua sendo essencial. Isso é ainda mais crítico em piscinas internas ou aquecidas, que tendem a manter o uso ao longo do ano e apresentam condições propícias para o surgimento de algas, fungos e bactérias.
Nas piscinas aquecidas, é preciso atenção redobrada. A temperatura mais alta da água favorece a proliferação de micro-organismos causadores de doenças. Além disso, o calor estimula a maior produção de suor pelos banhistas, o que eleva a carga de matéria orgânica na água.
Aline Gross, diretora de marketing da Hidroall, ressalta que um problema comum em piscinas aquecidas é a sensação de excesso de cloro, acompanhada de cheiro forte e ardência nos olhos, resultado da formação de cloraminas, subprodutos da reação do cloro com a matéria orgânica. Gross explica que, para resolver esse problema, é recomendado o uso de oxidante, que elimina as cloraminas e a matéria orgânica, neutralizando o cheiro e melhorando a qualidade da água.
Segundo o serviço de atendimento ao consumidor da Genco, mesmo com uso reduzido durante o frio, o tratamento da água deve ser mantido regularmente, para que a água fique limpa, balanceada e saudável: “é essencial manter o pH (7,4 a 7,6), alcalinidade (80 a 120 ppm) e residual de cloro (2 a 4 ppm), além de realizar a filtração de 4 a 6 horas todos os dias. As análises diárias irão determinar a frequência necessária de produto para garantir a qualidade da água e prevenir eventuais proliferações.”
“O uso de capa durante o inverno também é recomendado para evitar contaminação por folhas, água de chuva e demais intempéries que possam afetar negativamente a qualidade da água, além de proporcionar maior segurança do ambiente”, explica o atendimento da Genco.
Outro ponto importante envolve a higienização das bordas, pisos molhados e das áreas comuns, especialmente em dias frios e úmidos. Essas condições favorecem o desenvolvimento de fungos, bolores e algas, que podem causar manchas, mau cheiro e risco de escorregamento.
Além destes cuidados, Aline Gross também alerta que a dengue não deixa de ser um problema no inverno: “Embora o ciclo de desenvolvimento seja mais lento e o número de casos seja menor, os mosquitos costumam depositar os ovos na borda logo acima da água. Eles ficam fortemente aderidos e são bastante resistentes, podendo permanecer por até dois anos à espera do contato com a água para eclodirem. Quando isso finalmente acontece, nascem as larvas, que crescem se alimentando dos resíduos orgânicos microscópicos presentes na água. A melhor forma de evitar que isso ocorra é a prevenção, realizando a limpeza das bordas com mais frequência, utilizando produtos específicos, que removem gorduras, resíduos de protetor solar e outras sujeiras acumuladas.”
A manutenção da piscina no inverno é fundamental. Consulte sempre um especialista, siga as orientações dos fabricantes e invista nos cuidados certos para garantir uma água sempre limpa, segura e livre de riscos o ano inteiro.
A ABRALIMP reforça seu compromisso em disseminar conhecimento técnico e promover as melhores práticas de limpeza e higiene profissional. Por meio de ações educativas, conteúdos especializados e apoio aos profissionais do setor, a associação contribui para ambientes mais seguros, saudáveis e sustentáveis, valorizando a higienização como parte essencial da saúde pública e do bem-estar coletivo.
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