Limpeza significa SAÚDE: Como preparar o setor de Food Service para a retomada

Como funcionará a higienização em bares, restaurantes e outros estabelecimentos de alimentação após a pandemia? Como estes locais poderão limpar melhor, com mais frequência e oferecer mais segurança para seus clientes? Para responder estas e outras perguntas, a Abralimp realizou um webinar para revelar como o setor de Food Service está se preparando para a retomada.

Realizado com o apoio da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), o evento reuniu os especialistas Sérgio Fonseca, diretor de Expansão Regional Nordeste da Abralimp; José Antônio dos Santos, diretor da Câmara de Fabricantes de Equipamentos, Dosadores e Acessórios; e Marco Amatti, diretor Adjunto da Abrasel Seccional São Paulo; com a moderação da jornalista Fernanda Nogas.

Ambientes mais limpos: as novas expectativas               

É fato que a maioria dos quase um milhão de estabelecimentos de alimentação do país já se preocupava com normas de higienização muito antes da pandemia. Mas agora, com as primeiras sinalizações da retomada, há um desafio extra. Não basta só “ser” seguro, é preciso “mostrar” que está seguro.

“As pessoas estão passando mais tempo dentro das próprias casas, inclusive cuidando de tarefas domésticas, como é o caso da limpeza. Por isso, uma série de preocupações que não existiam antes, passaram a invadir o cotidiano e ganhar importância maior”, apontou Marco Amatti, da Abrasel. “A vivência que o cliente teve durante seu isolamento e a expectativa de se sentir seguro no estabelecimento que escolher para se alimentar vão fazer toda a diferença, sendo possível inclusive que ele ‘cobre’ desse local medidas respaldadas em protocolos ou em padrões que ele passou a adotar em relação à higiene”.

Neste cenário, estar munido das melhores ferramentas será um diferencial. Para limpar mais e melhor, o mercado de Asseio e Conservação disponibiliza uma série de soluções que se adequam não apenas às grandes redes, mas a qualquer tamanho de comércio. É o que explica o diretor da Câmara de Equipamentos, Dosadores e Acessórios da Abralimp, José Antônio dos Santos.

“Cada solução é pensada em conjunto e praticamente personalizada de acordo com o tamanho de cada estabelecimento. Existem desde os mais variados tipos de mop pó ou mop úmido para estabelecimentos pequenos, até sistemas com reservatório acoplado para sanitizantes ou limpadores, soluções para limpeza aérea (como em tetos ou paredes de cozinhas, copas e salões), além de panos de microfibra que retêm bactérias, criam carga eletrostática e não soltam particulados (como ocorre com panos de algodão), podendo ser utilizados com diferenciação de cores para evitar contaminações cruzadas. Embora não seja uma determinação governamental, essa referenciação é adotada por várias empresas e realmente funciona”, explicou. A diferenciação por cores, aliás, já é uma prática adotada por restaurantes no caso das tábuas de corte.

Além de oferecer mais saúde e higiene aos clientes, todos esses acessórios, usados corretamente e com produtos químicos adequados, trazem saúde também aos usuários. Isso porque são equipamentos ergométricos, desenvolvidos em tamanhos e materiais adequados, muitos deles em acordo com normas de regulamentação como a NR-32 ou a NR-17. Outra vantagem é o ganho de eficiência.

“Usando um sistema com reservatório acoplado de um litro, por exemplo, é possível limpar 80 m². Isso, sem qualquer contato do produto ou contaminação externa e com grande economia de água”, disse José Antônio. “Já o mop pó, quando comparado à varrição normal, tem um ganho de eficiência de cerca de 200%, pois o mop vai criar eletricidade estática e captar as partículas menores, eliminando quaisquer resíduos do piso. Sem contar que uma área livre de 100 m² pode ser limpa com o mop pó em cinco ou seis minutos”.

 Tecnologia na limpeza

 Além de ter sido alçado a um patamar de importância nunca antes visto, e de ser demandado pelos mais diversos setores da sociedade durante a pandemia, o segmento de Limpeza Profissional também precisou buscas novas saídas. “Mas não há ‘solução mágica’, como muitos desejam”, explicou o diretor de Expansão Regional Nordeste da Abralimp, Sérgio Fonseca. “Diante de toda a nossa responsabilidade com a sociedade, precisávamos ter o conhecimento, dominar as soluções, os equipamentos, e só entregar informações com total precisão ao mercado. Tivemos a preocupação de buscar as informações corretas, de forma que hoje é possível dar total segurança aos clientes. É essa segurança que vai trazer saúde”.

Para o combate ao coronavírus, o setor disponibiliza tecnologias que envolvem pulverizadores, diluidores para acoplar a torneiras e sanitizar cozinhas e até equipamentos de dosagem de alta precisão ligados à Internet das Coisas (IoT). Também tem crescido a busca por atomizadores, equipamentos já conhecidos do mercado, mas ainda com pouca visibilidade no ambiente de Food.

“O atomizador consiste num equipamento que pulveriza determinado sanitizante no ambiente, fazendo uma pré-desinfecção ou desinfecção complementar”, explicou Sérgio. O empresariado está atrás de soluções e cabe a nós entregarmos essas soluções de maneira correta e segura. A partir de agora, o consumidor vai entrar no restaurante de sua preferência querendo saber como o ambiente está sendo higienizando. E soluções como o atomizador poderão estar lá, porque há equipamentos que conseguem alcançar onde o trabalhador da limpeza não alcança. A preocupação do cliente não será mais só com a comida; mas com a segurança e a saúde”.

Profissionalização e redução de custos

São inúmeros os desafios a serem enfrentados pelo setor de Food Service no pós-pandemia. Profissionalizar a limpeza, aumentar sua frequência e eficiência, encontrar meios de comunicar ao cliente suas novas medidas e protocolos e – porque não – até envolver esse cliente nas mudanças, já que ele também é parte da equação que envolve a higiene. “É preciso que os próprios clientes compreendam que, da atitude deles, depende essa segurança. De nossa parte, o compromisso será não apenas limpar mais, mas sinalizar, comunicar visualmente tudo o que estamos fazendo em relação à higienização”, disse Marco Amatti.

“No caso específico dos comércios pequenos, sem dúvida será preciso um processo de profissionalização, de reeducação do público interno, porque em muitos locais é o próprio garçom, o cozinheiro ou um atendente que cuida da limpeza. Essas pessoas precisarão passar por uma reciclagem de conhecimentos, agregar mais tarefas, usar EPI´s de forma correta, ter conhecimento dos equipamentos para tirar o melhor proveito deles e ainda ter a conscientização para fazer a limpeza da forma correta – para que tudo que foi implantado durante a pandemia se torne cultura e permaneça”, destacou José Antônio. Vale lembrar que a Unidade Nacional de Formação Profissional da Abralimp (Uniabralimp) pretende lançar uma grade específica de treinamento voltada à área de Food Service para todos os portes de estabelecimentos.

“Também será preciso encontrar como reduzir custos. E as soluções corretas de limpeza poderão ajudar nessa economia”, completou Sérgio. “Hoje, sobretudo por conta do coronavírus, a preocupação é ‘quanto custa a sobrevivência do próprio negócio’. Consumo de água, meio ambiente, retrabalhos, tudo isso eram variáveis que não eram mensuradas e agora são. E os equipamentos de limpeza que existem hoje no mercado podem ajudar nessas soluções, para reduzir e mensurar o que precisa ser analisado pelo dono do estabelecimento de Food Service e garantir a sobrevivência nesse novo normal”.

O legado que ficará do pós-pandemia já começa a ser visto. Haverá, sem dúvida, uma preocupação muito maior em relação à segurança e limpeza dos ambientes. Haverá também um novo processo, uma abertura para que as pessoas façam mudanças de comportamento. Já estamos vivendo um novo ciclo, onde a consciência e a preocupação com a limpeza nunca mais voltarão ao patamar anterior. Esse novo momento fará com que todos sejam mais exigentes. A preocupação com a saúde, com a limpeza e com o próximo precisará ser um ponto vital, do contrário os negócios não conseguirão sobreviver. E o principal aprendizado que fica é que, para ter saúde, mais do que nunca, o setor de alimentação terá de andar de braços dados com a limpeza.

Assista o webinar na íntegra, clicando aqui! 

Fonte: ABRALIMP – Associação Brasileira do Mercado de Limpeza Profissional.

Foto: Divulgação.