Segurança e eficiência na higienização da indústria de alimentos
Protocolos bem definidos garantem qualidade, reduzem riscos e evitam prejuízos
A higienização na indústria de alimentos trata-se de um dos principais pilares da segurança alimentar, com impacto direto na qualidade do produto final, na saúde do consumidor e na sustentabilidade do negócio. Para que esse processo seja realmente eficiente, é essencial que os protocolos de higienização sejam bem estruturados, executados com precisão e apoiados por produtos químicos adequados.
Segundo Natália Giora, gerente do departamento de qualidade da Start Química, a higienização de ambientes e equipamentos na indústria de alimentos é uma etapa crítica para garantir a qualidade e a segurança dos produtos. “A escolha dos produtos químicos utilizados nesse processo deve seguir critérios rigorosos. Entre os principais estão a eficácia comprovada contra microrganismos patogênicos e deteriorantes, a compatibilidade com os materiais das superfícies e equipamentos, a segurança alimentar (incluindo a ausência de resíduos tóxicos), o registro em órgãos reguladores como Anvisa ou MAPA, além de fatores operacionais como facilidade de aplicação, tempo de contato adequado e impacto ambiental reduzido”, explica Natália.
Tábata de Souza, diretora de operações da Nano4you Brasil, destaca que a análise do tipo de sujidade e a superfície a ser limpa, são dois critérios fundamentais: “O principal engano dos usuários é achar que o mesmo produto pode ser usado para todos os tipos de sujeiras, porém não é bem assim. No caso de sujeiras orgânicas, os limpadores alcalinos são mais eficazes. No caso de sujeiras inorgânicas, os limpadores ácidos são mais eficazes. O tipo de superfície também interfere na escolha do produto, uma vez que podemos lidar com superfícies sensíveis ao pH do produto e sofrer danos irreversíveis”, alerta.
Para garantir a eficácia microbiológica dos produtos de higienização sem comprometer a segurança dos alimentos ou a integridade dos equipamentos, é fundamental realizar a validação dos procedimentos, utilizando testes microbiológicos periódicos. “ A diluição correta, o tempo de contato recomendado pelo fabricante e a aplicação por profissionais treinados são medidas essenciais. Também é importante alternar os sanitizantes utilizados, quando possível, para evitar o desenvolvimento de resistência microbiana “, destaca Natália.
Para Tábata, os impactos de uma higienização mal executada na cadeia de produção alimentar, tanto do ponto de vista da saúde pública quanto econômico, são graves: “A contaminação cruzada, que é aquela em que residuais tanto do produto de limpeza, quanto dos acessórios mal limpos podem deixar no ambiente, afeta a qualidade final dos alimentos, interferindo em sua validade, estabilidade e sabor e até mesmo causando desconforto gastrointestinal no consumidor, gerando prejuízo a marca ou restaurante fornecedor.”
Ignorar os protocolos ou cometer erros na aplicação dos produtos pode gerar consequências graves, tanto sanitárias quanto econômicas. “Do ponto de vista sanitário, a principal consequência é o risco de contaminação microbiológica dos alimentos por bactérias como Salmonella, Listeria monocytogenes, E. coli, entre outras. Esses microrganismos podem causar surtos de doenças alimentares, afetando a saúde de consumidores e podendo, em casos graves, levar a hospitalizações e até óbitos. No aspecto econômico, os prejuízos podem ser expressivos. Uma contaminação pode gerar perdas de lotes inteiros de produção, paralisação de linhas industriais, multas de órgãos reguladores e gastos com recall de produtos já distribuídos.” alerta Natália.
Tábata explica como as normas da Anvisa e de órgãos internacionais influenciam na definição de produtos e métodos utilizados na higienização: “os órgãos reguladores visam principalmente a qualidade não só do produto, como também de vida das pessoas, com implementação e fiscalização de regras sérias a serem cumpridas em toda cadeia produtiva. A padronização das identificações de químicos inorgânicos ou orgânicos, permitem rastreabilidade na cadeia produtiva, garantindo um processo correto de produção do início ao fim “, comenta.
Compromisso com a excelência em higiene
A ABRALIMP reforça a importância da adoção de boas práticas de higienização nas indústrias de alimentos como parte essencial da segurança dos processos e da qualidade dos produtos. Por meio de conteúdos técnicos, eventos e ações educativas, a associação apoia empresas do setor na busca por conformidade com as normas da Anvisa e na construção de ambientes produtivos mais seguros, eficientes e sustentáveis. A higienização profissional, quando feita com os procedimentos corretos e os insumos adequados, contribui diretamente para a preservação da saúde pública.
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