Por onde começar uma boa limpeza de pisos

Veja as orientações sobre os pontos de atenção para limpar pisos com eficiência                                                                                 

Um piso com aspecto cuidado é a leitura do leigo sobre a limpeza do ambiente.

Porém, a limpeza vai muito além da aparência.

Certamente, garantir que um local esteja limpo exige uma série de processos.

E vale dizer, não existe uma regra única para executar a limpeza e a conservação de pisos.

Eduardo Bizerra, supervisor técnico da Sevengel

Entretanto, algumas etapas são comuns para qualquer tipo de piso.

Segundo Eduardo Bizerra, supervisor técnico da Sevengel, são elas a remoção de todos os resíduos sólidos, aplicação do produto adequado ao tipo de piso, ação mecânica para limpeza dos pisos e enxágue para aqueles que possam receber, finalizando com a secagem.

Contudo, escolas, hospitais, indústrias, estabelecimentos comerciais, escritórios, enfim, cada ambiente pede um planejamento específico.

Nesse ponto, algumas análises devem ser bem determinadas.

Passo a passo

O primeiro passo é identificar o tipo de piso, sujidade a ser limpa e mensurar o tamanho da área em que a limpeza será executada, ressalta Bizerra.

Tiago Aguiar, diretor técnico da InService, também inclui na lista a definição dos produtos químicos, equipamentos e acessórios que são necessários para a tarefa.

Entre as variáveis, Gauthama Nassif, CSO da Verzani & Sandrini, destaca ainda a frequência de limpeza.

“Existem produtos e técnicas adequadas que são eficientes na limpeza sem comprometer a durabilidade e aparência dos pisos” diz Nassif.

De acordo com Aguiar, entre as avaliações iniciais é importante conhecer as características de porosidade ou se o piso está sujeito ou não a umidade.

As superfícies mais porosas têm maior potencial de impregnar a sujeira; por sua vez, os pisos cerâmicos ou pedras polidas são mais fáceis de limpar.

Além disso, existem pisos que pedem mais atenção ao serem limpos como mármore, porcelanato polido, granito, piso com tratamento acrílico e piso de madeira, lista Bizerra.

Sujidade a ser encarada

Tiago Aguiar, diretor técnico da InService

A análise do grau de sujidade, ou seja, o quanto ela está impregnada, se é solúvel em água ou se está solta é a segunda análise a ser feita.

“Com essas duas informações, tipo de piso e sujidade, o passo seguinte é definir o produto químico a ser empregado. Nesse ponto, temos uma variação grande nas opções e a boa definição permitirá o êxito da limpeza”, diz Aguiar.

Nassif explica que, antes de optar entre um produto ácido, neutro ou alcalino na limpeza da sujeira, é importante considerar o seu tipo e a superfície a ser limpa.

Para sujidades inorgânicas, aquelas de origem mineral, como cimento, gesso, calcário e ferrugem, é possível utilizar produtos ácidos para remoção.

Já para sujidades orgânicas, de origem corpórea ou vegetal, geralmente são indicados produtos neutros ou alcalinos.

A recomendação é utilizar os produtos neutros para sujidades leves (como poeira, gordura e óleo) e alcalinos para sujidades pesadas (graxa, gorduras e óleos).

“Um ponto de atenção é o tipo de piso onde será aplicado o produto, pois ambos os extremos, ácido e alcalino, podem manchar ou queimar pisos mais delicados como porcelanato esmaltado, polido e madeira”, alerta Nassif.

Para evitar esse cenário é importante ler as orientações de uso na ficha técnica do produto antes da aplicação.

As ferramentas da limpeza

Definidos os produtos químicos, vem a escolha dos equipamentos e acessórios.

O mercado oferece muitas possibilidades, do mop para limpeza superficial aos esfregões de limpeza profunda e máquinas enceradeiras, varredeiras e lavadoras automáticas.

Gauthama Nassif, CSO da Verzani & Sandrini

Sem dúvida, os equipamentos utilizados impactam no processo de limpeza, seja por ação mecânica (fricção + pressão) ou temperaturas da solução expelida.

Como exemplo, Nassif cita a limpadora a vapor no caso de gordura ou limo que, além de remover a sujidade com facilidade, realiza a desinfecção de superfícies como azulejos, rejuntes, boxes, banheiras, janelas, encaixes, rachaduras e fendas, removendo, ainda, as sujeiras e gorduras mais impregnadas.

A lavagem pressurizada com água quente por meio da lavadora de alta pressão é outra boa opção, que oferece excelente desempenho para remover manchas de graxa e óleo das superfícies, especialmente com a ajuda de detergentes.

Por fim, entre as demais variáveis, Aguiar cita como exemplo o grau de sujidade e impregnação, que levam a ações adicionais: maior tempo de ação do produto químico, de esfregação e até mesmo a maior temperatura da água para um efeito mais positivo.

“Tudo isso é fundamental para fazer um diagnóstico antes de iniciar a limpeza e ter um trabalho organizado”, pontua Aguiar.

Antes de tudo, planejar

Sem dúvida, o planejamento estabelece a conduta de rotina, define o plano de conservação diária e a frequência para lavação profunda.

Contudo, o mesmo local pode exigir diferentes etapas em função das características de cada área.

E para que as avaliações sejam aplicadas com êxito, é fundamental a atenção aos processos.

As características do ambiente também devem ser consideradas.

Por exemplo, em um dia de chuva, o tempo de secagem será maior e o planejamento deve prever tal condição.

Desafios e tabus

Alguns pisos parecem oferecer um desafio a mais para limpar.

Entre eles estão os têxteis.

Nesse caso, a atenção não está somente em deixar limpo, mas afastar ácaros e demais organismos causadores de doenças respiratórias.

“Temos o tabu de que o piso têxtil é sinônimo de problemas respiratórios quando, na verdade, se bem cuidado não existe qualquer risco, além de favorecer a redução de ruídos em ambientes com sons compartilhados”, defende Aguiar.

Para isso, há equipamentos adequados, como os aspiradores com filtro absoluto, com capacidade de reter até 99,9% das partículas.

Certamente, o início da tarefa se dá por uma boa aspiração do pó e sujidades presentes no revestimento têxtil.

Por exemplo, um limpador multiuso com alta potência desinfetante é interessante para afastar os organismos indesejáveis, bem como para auxiliar na remoção de eventuais manchas.

Outra dica é limpar o piso têxtil com frequência, a fim de evitar que resíduos se acumulem na superfície.

Ademais, a frequência deve levar em conta o tráfego de pessoas.

Em suma, há um tratamento totalmente particular, desde a conservação até a limpeza mais profunda.

Para cada piso um cuidado; capacitação é essencial para a eficiência da limpeza

Cuidados com a madeira

Por sua vez, pisos de madeira também pedem uma análise mais detalhada.

Alguns são extremamente sensíveis à água e, portanto, o processo de limpeza se torna mais complexo.

O mercado tem diferentes tipos de pisos de madeira, o que torna a tarefa de remoção da sujeira bastante variada.

A saber, há tipos de madeira exigem o uso de cera após a limpeza pesada; outros até mesmo a água pode ser prejudicial.

Desse modo, é essencial conhecer o tipo de revestimento para definir o critério da limpeza.

Por exemplo, a limpeza de um piso de madeira natural (maciça, demolição, taco, parquet) pode ser feita com pano ou mop levemente umedecido em água e sabão, ou somente água se não houver sujeira impregnada.

A recomendação é usar pano seco para finalizar, pois a madeira não deve ficar úmida.

Todavia, para o uso de produtos químicos, é preciso optar somente por aqueles recomendados pelos fabricantes para tal finalidade. Do contrário, o piso pode sofrer manchas e estragos.

Também é importante evitar processos que possam arranhar a madeira.

Enfim, são muitos os tipos de pisos e cada qual exige uma técnica específica para a sua limpeza.

Portanto, somente a contratação de mão de obra especializada garante a qualidade do serviço e evita resultados indesejados.

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Fonte: Abralimp

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