MITOS & VERDADES: Mop microfibra é mais eficiente na captação de sujeira?
A resposta é sim e apresentamos aqui alguns pontos para embasar tal afirmação
Em primeiro lugar, é bom deixar claro que seja de algodão ou de microfibra, o mop é um equipamento facilitador da limpeza, que absorve melhor as impurezas e oferece maior conforto e segurança para o trabalhador.
No caso do mop microfibra, ele se mostra eficiente para a limpeza de diferentes ambientes, sejam escritórios, escolas, estabelecimentos comerciais e industriais.
A microfibra limpa melhor?
Verdade!
A microfibra é um tecido sintético, composto por fios ultrafinos de poliéster, cuja estrutura permite a limpeza profunda sem danificar as superfícies, explica Renato Ticoulat Neto, da Limpeza com Zelo.
“A microfibra tem a propriedade de captar a sujidade e as bactérias, pela característica de porosidade da fibra”, ressalta Michael Silva, diretor de Marketing do Grupo GS.
Assim, o equipamento com o tecido microfibra faz um melhor arraste da sujeira.
O mop absorve mais água e deixa menos resíduos de manchas?
Verdade!
O mop microfibra não deixa manchas de arraste e o tecido ainda favorece a melhor absorção da água.
Sem dúvida, isso facilita o processo da limpeza ao recolher o máximo da umidade presente na superfície.
Claro que algumas técnicas contribuem para esse resultado.
Por exemplo, fazer a limpeza em formato do número oito, que é o melhor movimento para não marcar o piso e ter eficiência no processo.
O mop possibilita mais produtividade na limpeza?
Verdade!
Segundo Ticoulat Neto, o CadTerc (Estudos Técnicos de Serviços Terceirizados do Governo do Estado de São Paulo) define como nível ideal de produtividade a área de 750 m2/dia por profissional.
Entretanto, com uso do mop microfibra é possível obter um salto para 4.500 m2/dia, compara.
“O uso correto do mop faz as empresas aumentarem a produtividade”, afirma.
Mas há fatores para analisar
Heitor Mazziero Fiuza, do Grupo Bralimpia e Renko, defende que o mais importante é medir a produtividade em relação aos vários aspectos associados ao uso do mop.
Em destaque o absenteísmo, que muitas vezes resulta dos Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (Dort).
Desse modo, cabos inadequados, panos torcidos manualmente e esforços desnecessários não contribuem para a ergonomia.
Certamente, são processos que prejudicam a saúde, causam muitas vezes afastamentos e afetam a produtividade.
Portanto, o uso do mop oferece maior conforto para o trabalhador, minimizando alguns efeitos negativos das condições de trabalho, o que leva automaticamente a uma maior produtividade.
Durabilidade: ponto polêmico
Fiuza diz que é importante enfatizar as vantagens oferecidas pelo equipamento, as quais vão além da questão da durabilidade.
Segundo o executivo, o mercado prioriza a questão de quantas lavagens o instrumento suporta quando, na verdade, esse dado depende de uma série de fatores (modo de usar, produtos químicos, condições de conservação), que são pontos de variam de um processo a outro – e de um usuário para o outro.
Portanto, não há consenso em estabelecer um número exato de lavagens que o mop suporta.
Certamente, a sua duração está diretamente ligada à forma como ele é usado e aos cuidados da sua manutenção.
“A recomendação é que seja lavado, passe pela secagem e seja mantido em local ventilado após o uso, mas a manutenção é quase sempre incorreta”, pondera Fiuza.
Amaciantes danificam o mop?
Verdade!
Silva afirmar que usar amaciante para finalizar a lavagem pode prejudicar o desempenho do mop, uma vez que pode entupir a microporosidade da fibra.
Ademais, a fibra também pode encolher quando lavada em água a alta temperatura.
E mais, a vida útil do mop pode ser reduzida se for usado cloro, que é um agente capaz de degradar o tecido.
Enfim, a durabilidade também é comprometida no uso do equipamento pela indústria alimentícia, que muitas vezes aplica ácido peracético na limpeza, que destrói a fibra, adverte Silva.
Mop costuma ser mais pesado?
Mito!
Entre os mitos sobre o mop, Silva destaca a alegação de ser um instrumento pesado.
Por falta de treinamento sobre como usar, lavar e torcer tem-se a falsa ideia de que é mais pesado que o pano e rodo.
Talvez o mop de algodão (desde que não tratado inicialmente de acordo com as instruções de uso) pode ter um peso mais perceptível quando molhado.
Daí a importância de ler as orientações do fabricante para iniciar o uso, ressalta Silva.
Só pelo fato de usar o mop é possível evitar a contaminação cruzada?
Outro mito!
Pela característica da microfibra, o instrumento auxilia para evitar a contaminação cruzada.
Contudo, mesmo com a alta capacidade do fio sintético “prender” microrganismos, a forma de uso é sempre determinante para evitar a contaminação cruzada.
O produto está disponível no mercado em diferentes cores para a limpeza de cada área.
Mas, segundo Fiuza, a falta de conhecimento dos processos para evitar a contaminação cruzada faz com que o mesmo conjunto seja utilizado em todas as áreas de um estabelecimento, levando vírus de um ambiente para o outro.
E só para completar a lista de itens sobre a eficiência ao mop, além da durabilidade e poder de absorção de líquidos e sujidades, o equipamento contribui para o uso racional da água.
Sobre o equipamento, a revista Higiplus publicou recentemente uma matéria com aspectos técnicos e usos do mop. Leia em: https://revistahigiplus.abralimp.org.br/sabe-escolher-o-mop-ideal/.
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Fonte: Abralimp
Fotos: Divulgação / Abralimp