Personalizar preferências de consentimento

Utilizamos cookies para ajudar você a navegar com eficiência e executar certas funções. Você encontrará informações detalhadas sobre todos os cookies sob cada categoria de consentimento abaixo.

Os cookies que são classificados com a marcação “Necessário” são armazenados em seu navegador, pois são essenciais para possibilitar o uso de funcionalidades básicas do site.... 

Sempre ativo

Os cookies necessários são cruciais para as funções básicas do site e o site não funcionará como pretendido sem eles. Esses cookies não armazenam nenhum dado pessoalmente identificável.

Bem, cookies para exibir.

Cookies funcionais ajudam a executar certas funcionalidades, como compartilhar o conteúdo do site em plataformas de mídia social, coletar feedbacks e outros recursos de terceiros.

Bem, cookies para exibir.

Cookies analíticos são usados para entender como os visitantes interagem com o site. Esses cookies ajudam a fornecer informações sobre métricas o número de visitantes, taxa de rejeição, fonte de tráfego, etc.

Bem, cookies para exibir.

Os cookies de desempenho são usados para entender e analisar os principais índices de desempenho do site, o que ajuda a oferecer uma melhor experiência do usuário para os visitantes.

Bem, cookies para exibir.

Os cookies de anúncios são usados para entregar aos visitantes anúncios personalizados com base nas páginas que visitaram antes e analisar a eficácia da campanha publicitária.

Bem, cookies para exibir.

Artigos

Diferenças entre vacinas para Covid-19

O que é preciso saber

Com o início da vacinação no país, os brasileiros passaram a respirar mais aliviados com o alento trazido pela possibilidade de imunização contra a Covid-19. Pudera. No mundo o número de vacinados ultrapassou o total de casos confirmados e isso representa um passo decisivo para o controle da pandemia.

Histórico, o momento registrado pelo rastreador do jornal inglês Financial Times mostra que 104 milhões de doses já foram aplicadas até 03 de fevereiro. O número é superior aos 103 milhões de casos confirmados.

No Brasil, até o momento, mais de dois milhões de brasileiros receberam a primeira dose da vacina. Mas o volume está aquém das metas de imunização, com o país em sétima colocação no ranking mundial de vacinação.

E com o vírus ainda em circulação é imprescindível que a população seja imunizada, além da manutenção dos protocolos sanitários recomendados pelos órgãos competentes: uso de máscara cobrindo nariz e boca; lavagem correta das mãos ou higienização com álcool 70%; distanciamento social e higienização de superfícies e ambientes para evitar a contaminação.

Mas em meio a tantas informações e incertezas, surgem dúvidas sobre as diferenças e eficácia das vacinas em utilização no Brasil. Desde que a imunização começou em meados de janeiro, o país tem distribuídos aos integrantes dos grupos prioritários doses da CoronaVac, vacina do Instituto Butantan, ou da Oxford, distribuída pela Fiocruz.

Imunidade de rebanho

E como saber a diferença entre elas e eficácia? Antes, porém, é importante entender por que é importante a imunização.

O termo imunidade de rebanho, tão difundido nos últimos meses, tinha outro significa antes da atual pandemia. Até então servia para indicar o efeito de proteção que uma população atinge graças a um alto percentual de pessoas vacinadas contra determinada doença. Desta forma, mesmo quem não era vacinado acabava ganhando proteção pelo patógeno causador da doença.

Para ficar mais fácil, um bom exemplo é a vacina contra o sarampo, que produz imunidade superior a 90%. Desta forma, com quase todo mundo já imunizado (cerca de 95% da população), o vírus praticamente desaparece e mesmo quem não pode tomar a vacina fica protegido contra a doença.

Mas com a pandemia do Sars-CoV-2 o termo ganhou outro aspecto e a imunidade de rebanho passa a ser uma ferramenta para calcular a taxa de imunidade de determinada população.

Também chamada de imunidade de grupo, a solução ajuda a determinar em qual estágio da epidemia a população se encontra. Desta forma é preciso desenvolver uma imunidade natural após o contágio.

Por fim, para o método ter eficiência, a estimativa dos cientistas é de que a taxa adequada de pessoas imunes ao coronavírus fique entre 60 e 80%. E a vacina é a principal arma para isso.

Butantan X Fiocruz

Em utilização no Brasil, as vacinas Coronavac (Instituto Butantan) e Oxford (Fundação Osvaldo Cruz – Fiocruz) foram aprovadas pela ANVISA (Agência de Vigilância Sanitária) para uso emergencial e já estão sendo aplicadas na população.

A boa notícia é que a partir de agora, uma mudança na regra da Anvisa pode facilitar a autorização emergencial de vacina, graças à suspensão da realização de estudos de fase 3 no Brasil. Com isso, vacinas como a Sputinik V poderão ser utilizadas na população.

Mas quais são as principais diferenças e eficácia de cada uma?

Coronavac

Produzida pela Instituto Butantan graças à transferência de tecnologia da farmacêutica Sinovac, a Coronavac tem origem chinesa e é produzida com vírus inativado. Ou seja, o vírus é cultivado e multiplicado em cultura de células. Depois disso é inativado através de calor ou produto químico.

Assim sendo, quem recebe a vacina com o vírus (inativado) começa a gerar anticorpos para combater a doença, já que as células que respondem com a imunidade ativam os linfócitos – células capazes de combater microorganismos. Então, esses linfócitos produzem anticorpos que impedem que o vírus infecte as células do corpo.

Com eficácia geral de 50,38%, a vacina permite que os vacinados tenham 50,38% menos risco de adoecer caso contraiam Covid-19. Além disso, a Coronavac proporciona 100% de eficácia para não adoecer gravemente e 78% de eficácia na prevenção de casos leves.

Oxford/AstraZeneca

A vacina de Oxford/AstraZeneca é resultado de um acordo com a biofarmacêutica AstraZeneca para produzir no Brasil o antígeno desenvolvido pela Universidade de Oxford.

Nela é empregada uma tecnologia conhecida como vetor viral não replicante. Traduzindo: a vacina utiliza um vírus vivo como um adenovírus. Ou seja, que não tem capacidade de se replicar no corpo humano e prejudicar a saúde.

Modificado por engenharia genética para carregar instruções para a produção de uma proteína característica do coronavírus chamada espícula, este adenovírus faz com que as células passem a produzir uma proteína que é detectada pelo sistema imune do corpo. Ao encontrá-las, o próprio organismo humano cria uma proteção para combater o coronavírus.

No entanto, resultados diferentes para a eficácia foram apresentados pela AstraZeneca e pela Universidade de Oxford. De acordo com os cientistas, 62% de eficácia quando aplicada em duas doses completas e 90% com meia dose seguida de outra completa. Ainda segundo eles, com isso a eficácia média é de 70%.

Outras opções

Pfizer/BioNTech Tecnologia

 Com imunizantes criados a partir da replicação de sequências de RNA (ácido ribonucleico) através de engenharia genética – tecnologia chamada mRNA (ou RNA mensageiro), o imunizante da Pfizer cria uma cópia do Sars-CoV-2 que não é nociva, mas capaz de estimular uma reação nas células do sistema imunológico que cria defesa para o organismo.

Com 95% de eficácia, a vacina elaborada em parceria entre a farmacêutica e a empresa alemã BioNtech traz um grande desafio para os países: precisa ser estocada a uma temperatura de -75 graus.

Moderna Tecnologia

 Com eficácia de 94,1% a vacina Moderna também utiliza a tecnologia de RNA mensageiro que se disfarça de proteína específica do coronavírus e invade as células humanas sem ser nociva.

A partir daí também desencadeia uma reação das células do sistema imunológico que logo trata de criar defesa para o corpo humano. O antígeno precisa ser estocado a -20 graus.

Sputnik V/Instituto Gamaleya Tecnologia

A Sputnik V produzida pelo Instituto Gamaleya de Pesquisa da Rússia é uma vacina de vetor viral. Isso quer dizer que ela utiliza outros vírus manipulados previamente para que se tornem inofensivos ao organismo humano e ajam de forma a combater a Covid-19.

Desta forma, ao serem aplicados no corpo, entram nas células e fazem com que elas produzam a proteína que fica exposta nas superfícies. Esse é o alerta para o sistema imunológico, que passa a combater o coronavírus. Segundo a União Química, responsável pela vacina no Brasil, a eficácia comprovada é de 91,6%.

Fontes: https://portal.fiocruz.br https://butantan.gov.br/

Foto/Divulgação: REUTERS.