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Como evitar acidentes durante o processo de limpeza profissional

Conheça as normas e boas práticas para garantir a segurança dos trabalhadores

A segurança no setor de limpeza profissional é fundamental para garantir a integridade física dos trabalhadores e a qualidade dos serviços prestados. 

Entidades como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) estabelecem diretrizes essenciais para o uso adequado de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) nesse segmento.

Mas, ainda antes de começar a limpeza, alguns cuidados devem ser levados em consideração, diz Marcel Rauchbach, Gerente de Marketing da Volk do Brasil. 

“É essencial analisar o ambiente para identificar riscos como pisos molhados, fios soltos ou produtos químicos”, explica.

Depois disso, é imprescindível o uso correto dos EPIs como luvas, óculos de proteção, máscaras e calçados antiderrapantes.

Normativas da Anvisa 

No Brasil, a Anvisa desempenha um papel determinante na regulamentação do uso de EPIs, especialmente em ambientes que exigem rigorosos protocolos de higiene, como hospitais e clínicas. 

A agência estabelece que os profissionais de limpeza devem utilizar EPIs adequados para cada tipo de atividade, visando minimizar riscos químicos, biológicos e físicos. 

Por exemplo, durante a limpeza ou desinfecção de sanitários, é obrigatório o uso de luvas nitrílicas ou vinílicas com punho de 46 cm e respiradores do tipo peça semifacial filtrante para partículas (no mínimo PFF2).

Uso de EPIs e cuidados para evitar acidentes 

Além de seguir as normas da Anvisa, é importante controlar os produtos químicos, usar corretamente os EPIs e armazenar as substâncias de forma adequada para evitar intoxicações e acidentes.

“O profissional deve sempre ler a Ficha de Dados de Segurança (FDS) antes do uso e nunca misturar substâncias incompatíveis, como água sanitária e amônia, que liberam gases tóxicos”, alerta Rauchbach.

Outro aspecto importante está relacionado ao armazenamento correto dos produtos de limpeza. Manter as substâncias longe de alimentos, em locais bem ventilados e devidamente rotulados é essencial para evitar contaminação e reações químicas indesejadas. 

“Os produtos devem ser guardados em espaços seguros, com sinalização clara para evitar o uso incorreto”, destaca o especialista.

A utilização de equipamentos de limpeza também exige atenção redobrada. Antes de operar aspiradores industriais ou polidoras, por exemplo, é fundamental verificar a voltagem, ler o manual do fabricante e garantir que os equipamentos estejam em perfeito estado. 

“Nunca utilize máquinas molhadas ou com fios desencapados, e sempre mantenha a área sinalizada para evitar acidentes”, reforça Rauchbach.

Principais EPIs para profissionais de limpeza

De acordo com as normativas da Anvisa, os principais EPIs recomendados para profissionais de limpeza incluem:

  • Luvas de proteção: essenciais para evitar o contato direto com produtos químicos e agentes biológicos. As luvas devem ser escolhidas conforme o tipo de substância manuseada, garantindo resistência adequada.
  • Máscaras ou respiradores: protegem as vias respiratórias contra a inalação de partículas, vapores tóxicos e agentes infecciosos. A escolha entre máscaras cirúrgicas, N95 ou PFF2 deve considerar o nível de risco envolvido na atividade.
  • Óculos de proteção ou protetores faciais: imprescindíveis para resguardar os olhos contra respingos de produtos químicos e partículas em suspensão.
  • Aventais impermeáveis ou uniformes adequados: protegem a pele e as roupas pessoais contra contaminações e substâncias nocivas.
  • Calçados de segurança: devem ser antiderrapantes e, dependendo do ambiente, possuir biqueiras reforçadas para evitar lesões por objetos cortantes ou pesados.

Responsabilidades dos empregadores e empregados

A legislação brasileira, por meio da Norma Regulamentadora nº 6 (NR-6), estabelece que é obrigação do empregador fornecer gratuitamente os EPIs adequados ao risco de cada atividade. Além disso, cabe ao empregador:

  • Treinamento: oferecer instruções claras sobre o uso correto dos EPIs, incluindo como vestir, ajustar, retirar e conservar.
  • Manutenção: garantir a higienização e a manutenção periódica dos equipamentos, substituindo-os sempre que necessário.

Por outro lado, os empregados têm a responsabilidade de utilizar os EPIs conforme as instruções recebidas, zelar pela sua conservação e comunicar ao empregador qualquer alteração que os torne impróprios para uso.

Consequências da não utilização de EPIs

A negligência no uso de EPIs pode acarretar sérios riscos à saúde dos profissionais de limpeza, incluindo:

  • Exposição a agentes químicos: podendo causar irritações, queimaduras ou intoxicações.
  • Contaminação por agentes biológicos: aumentando o risco de infecções e doenças ocupacionais.
  • Acidentes físicos: como cortes, perfurações ou lesões musculoesqueléticas decorrentes de posturas inadequadas ou esforços excessivos.

Além dos danos à saúde, a ausência de EPIs ou o seu uso inadequado pode levar a penalidades legais para as empresas, incluindo multas e interdições, conforme previsto na NR-28, que trata das fiscalizações e penalidades relacionadas à segurança do trabalho.

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O conteúdo irá abordar os principais EPIs, equipamentos de proteção coletiva, bem como a sua correta colocação, utilização, retirada e higienização ou descarte, garantido a realização segura dos procedimentos de limpeza.

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