A importância da higienização hospitalar em áreas críticas para a segurança do paciente
Especialistas destacam protocolos, avanços tecnológicos e cuidados essenciais na desinfecção de áreas críticas hospitalares, fundamentais para a segurança de pacientes e profissionais.
A higienização de ambientes hospitalares, especialmente em áreas críticas como UTIs e centros cirúrgicos, é uma linha de defesa essencial na segurança do paciente. A eficácia da higiene e limpeza depende da escolha correta dos produtos químicos, da aplicação de protocolos rigorosos e da capacitação das equipes envolvidas no processo.
Produtos mais indicados para áreas críticas
Segundo Maurizio Bortali, sócio-diretor da Continuum Chemical Latin América, geralmente são utilizados limpadores e desinfetantes de alta eficiência, priorizando soluções de pronto uso. “Essa escolha visa garantir maior segurança, evitando problemas nos processos de diluição com consequências do aumento de infecções do ambiente.” explica.
Luciano Nunes Rocha, diretor comercial da Girassol Produtos Químicos, reforça a importância de utilizar somente desinfetantes registrados na Anvisa. “Deve-se dar preferência no uso de desinfetantes de baixa agressividade, não corrosivos, que apresentem laudos de compatibilidade com os materiais das superfícies que serão desinfetadas, como plásticos, metais e telas táteis de equipamentos. Importante também exigir laudos de comprovação de eficácia contra bactérias multirresistentes, eficácia fungicida, esporicida e virucida, pois trata-se de uma desinfecção em áreas críticas.”
Princípios ativos eficazes contra microrganismos resistentes
Os especialistas apontam que princípios como peróxido de hidrogênio, biguanida polimérica e quaternário de amônia estão entre os mais eficazes. “Blends equilibrados entre biguanida e quaternário são altamente recomendados por oferecerem ação bactericida com menor agressividade,” destaca Luciano. Maurizio menciona também o dióxido de cloro e o álcool 70 como agentes eficazes nesse cenário.
Segurança para pacientes e profissionais
A segurança está diretamente relacionada à adoção de protocolos padronizados, definidos por órgãos reguladores como a Anvisa. Isso inclui o uso correto de EPIs, capacitação constante das equipes e gestão rigorosa de resíduos hospitalares.
“O perigo não está apenas no produto químico, mas no próprio ambiente contaminado. Por isso, o treinamento para seguir os POPs (procedimentos de operação padrão) homologados pelos Centros de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) é indispensável.” alerta Luciano.
Avanços tecnológicos no setor
Com foco em eficiência e segurança, o setor vem adotando tecnologias como a pulverização eletrostática e a vaporização de peróxido de hidrogênio: “Atualmente novas tecnologias estão em desenvolvimento e validação junto aos órgãos competentes no Brasil e fora dele. Tais tecnologias serão disruptivas no formato atual de atuação na desinfecção de ambientes. Também o uso de métodos inovadores de aplicação (ex: pulverização eletrostática), já vem sendo utilizados com o objetivo de ganhos na produtividade, associada a segurança do hospital.” Comenta Maurizio.
“Como novos processos, existe a aplicação de vaporização de peróxido de hidrogênio ou outros ativos no ambiente, por meio de equipamentos de atomização. Mas mesmo assim este sistema necessita que seja feita a limpeza das superfícies antes. Também está em estudo o uso da luz ultravioleta para desinfecção. Esta tecnologia ainda deixa dúvidas também, pois além de necessitar da limpeza das superfícies, deixa áreas de sombra no ambiente, onde não será desinfetado.” diz Luciano.
Equilíbrio entre eficácia e baixa toxicidade
A busca por desinfecção eficaz em ambientes hospitalares não deve, necessariamente, passar pelo uso de produtos altamente tóxicos. Como destaca Maurizio Bortali, é possível alcançar bons resultados com segurança, desde que se adote um conjunto de atividades protocoladas e cruzadas com a segurança do local.
O ambiente hospitalar, por si só, já impõe riscos, e o controle rigoroso dos processos de higienização e desinfecção é essencial para contê-los. Nesse sentido, Luciano Rocha complementa que o ideal é utilizar produtos que aliem máxima eficiência com o menor impacto possível ao usuário, ao paciente e ao meio ambiente. Ele ressalta a importância de optar por desinfetantes biodegradáveis, comprovadamente não agressivos nem corrosivos, e que mesmo assim tenham a máxima eficácia bactericida desejada.
ABRALIMP marca presença na Feira Hospitalar 2025
Com o compromisso de promover conhecimento e valorizar a higiene e limpeza profissional no setor da saúde, a ABRALIMP estará presente na principal feira da área da saúde da América Latina, a Hospitalar 2025. Um dos destaques será a palestra exclusiva “Processos de Higiene em Centro Cirúrgico: Requisitos e Qualificações”, que será apresentada por Cassia Beltramelli, diretora de Hospitalidade na inService Facilities e profissional com 27 anos de experiência na área hospitalar.
A feira acontecerá do dia 20 a 23 de maio, no São Paulo Expo.