Reabertura polêmica: as escolas estão preparadas para um retorno seguro?

Abralimp e ABNT unidas para lançar protocolo voltado a instituições educacionais

Os alunos já podem começar a arrumar as mochilas!  Apesar de a pandemia não ter dado trégua, depois de um ano de ensino à distância as escolas brasileiras começam seu processo de reabertura já neste mês de fevereiro.

Embora cada município tenha autonomia para decidir sobre seu calendário – e a própria retomada esteja prevista para acontecer em esquema de rodízio e de forma híbrida, com capacidade limitada a 35% de alunos por sala – o distanciamento e a higiene continuam sendo as principais armas de proteção contra a Covid-19.

Ainda assim, pais, professores e funcionários estão preocupados e a pergunta persiste: Como garantir segurança na volta às aulas?

Para a vice-presidente do Segmento de Educação da Cebrasse, Amábile Pacios, a resposta passa por observar e cumprir os protocolos de reabertura de cada estado. “Entre as novas normas estão a medição de temperatura na chegada, a disponibilidade de álcool em gel na entrada e em todos os ambientes da escola, a higienização das carteiras e, também, a pulverização dos espaços com produtos antimicrobianos”.

Protocolos robustos de higiene

A limpeza, como se pode perceber, tem papel fundamental para a segurança desta retomada, o que exigiu uma adaptação intensa por parte das limpadoras.

“Com o cenário de reabertura escolar frente à pandemia do coronavírus, as empresas tiveram de se reinventar”, afirma Alessandro Araújo, gerente Corporativo Técnico – Planejamento & Desenvolvimento da Orbenk, empresa que atende mais de 100 escolas em todo o país.

“Tivemos de criar novos protocolos e nos especializar em práticas de prestação de serviços cada vez mais elaboradas, inovando em equipamentos e atrelando as técnicas a um conceito altamente profissional. Hoje, damos ciência aos colaboradores de que não apenas ‘limpamos’ e sim ‘higienizamos’ os ambientes, ou seja, somos profissionais especialistas e temos que superar esse desafio, pois a sociedade confia em nós”.

Com o intuito de multiplicar o treinamento e conscientizar a operação, a empresa conta com duas estruturas internas: a Academia do Supervisor e o Centro de Inteligência Operacional (ICOP), que têm como propósito levar informações e orientação aos funcionários operacionais. “O objetivo é fazer chegar conhecimento à ponta sempre”, disse Alessandro.

Para Anibal Vaz Costa, diretor Técnico da LS Premium Terceirização, empresa que também faz higienização de escolas, a meta para a retomada foi certificar-se de que a limpeza ultrapassaria os padrões habituais usados antes da crise.

“Contamos com uma empresa parceira que nos assessora quanto aos protocolos estabelecidos em cada instituição. Nossos colaboradores também são capacitados e treinados periodicamente se adequando às novas regras de limpeza e higiene e, para isso, foi essencial nos associarmos à Abralimp. Participando dos webinares e treinamentos, e tendo acesso aos manuais de procedimentos e à revista Higiplus, ganhamos uma visão mais eficaz sobre como lidar com a situação atual da Covid que estamos vivendo”.

Abralimp e ABNT juntas em protocolo educacional

Para ajudar as escolas com o compromisso de garantir segurança em suas operações, a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) lançou recentemente um protocolo voltado a instituições educacionais. Trata-se da Prática Recomendada ABNT PR 1004-3, desenvolvida em parceria com a Abralimp, que traz orientações sanitárias e administrativas para minimizar os riscos de contaminação e proliferação da Covid-19 nas atividades escolares, incluindo instruções para a preparação do aluno em casa, recepção na instituição de ensino, métodos eficazes de higienização e até medidas de segurança no trajeto para casa.

“O comitê que elaborou a Prática 1004-3 considerou fortemente todos os desafios que o Brasil tem como um país de dimensões continentais, bem como as enormes disparidades que existem entre as instituições de ensino. A participação da Abralimp neste processo foi fundamental para a associação cumprir com sua missão, que é a difusão de conhecimento técnico-científico de qualidade sobre a limpeza”, destacou Carlos Eduardo Panzarin de Castro Mello, diretor Técnico da Abralimp.

“A Prática Recomendada vem ao encontro dessa necessidade atual de retomada das aulas, e contempla a higienização ao nível do detalhe, explicando desde o que é um desinfetante, até às definições corretas de termos como higienização”, completa Thiago Lopes, consultor Técnico da Abralimp. “Sempre ouvimos, por exemplo, o termo higienização, mas nem todos têm a compreensão correta do que ele significa (limpeza seguida de desinfecção, que elimina 99,999% dos micro-organismos), ou mesmo de que ele é diferente da sanitização (que elimina apenas 99,9% dos micro-organismos)”.

A Prática Recomendada 1004-3 traz também tendências de comportamento, como é o caso da responsabilidade compartilhada em relação à higienização. “Não podemos mais deixar a higienização apenas sobre os ombros das equipes de limpeza”, destaca Thiago. “Por isso, hoje existe essa tendência da prática do self cleaning, que é a ideia de que se tenha estações de limpeza, seja nas salas de aula, corredores, salas dos professores, entre outros, e nessas estações estejam disponíveis kits (que podem ser compostos de um pano de algodão ou microfibra, junto a um produto de limpeza e desinfecção) para que o próprio aluno, professor ou funcionário higienize o local que está em contato (sua mesa, por exemplo) e assim possa se sentir mais seguro dentro da escola”.

A mudança trazida pela Covid-19 ao ambiente de ensino foi disruptiva, mas foi sem dúvida um motor de inovação. A escola, que estava presa no século XX, da noite para o dia foi trazida ao século XXI. As novas práticas, a interação com a tecnologia, o novo sistema ensino, nada disso voltará ao patamar anterior. E é possível dizer o mesmo sobre a higienização escolar. A pandemia trouxe uma evolução muito profunda na forma como a limpeza é vista e como é fiscalizada pela sociedade. Agora, é preciso manter alto o nível dessa limpeza; é preciso promover saúde, garantir bem-estar, trazer mais segurança e gerar mais valor a todos que frequentam as instituições de ensino. Pais, alunos, professores e funcionários certamente agradecem.

Para acessar o Manual de Limpeza em Escolas da Abralimp, clique aqui.
Para saber mais sobre a diferença entre sanitização e higienização, clique aqui.
Para conhecer a Prática Recomendada ABNT PR 1004-3, clique aqui.

Fontes: ABRALIMP, ABNT, CEBRASSE.

Foto/Divulgação: ABRALIMP.