Norovírus: a limpeza profissional na prevenção de doenças infecciosas
A limpeza e higienização correta das mãos e das superfícies é um dos pilares fundamentais para prevenir doenças infecciosas, como as causadas pelo norovírus, Clostridioides difficile e outros microorganismos. As noroviroses são um grupo de doenças de origem viral, conhecidas como gastrenterites.
No início do mês, a prefeitura de Guarujá (SP) apontou o extravasamento de esgoto clandestino no mar da cidade como uma possível causa de um surto de norovírus, com moradores e turistas de Santos (SP) e Praia Grande (SP), que apresentaram sintomas.
Em ambientes com alta circulação de pessoas, como restaurantes, lanchonetes e espaços públicos, a limpeza profissional tem um papel essencial na redução de riscos de contaminação.
Limpeza profissional e a prevenção de doenças
A limpeza profissional vai muito além da simples remoção de sujeira visível. Para garantir ambientes verdadeiramente seguros, é essencial utilizar produtos notificados/registrados e técnicas adequadas de higienização e desinfecção.
Segundo o infectologista Robson Reis, professor da Escola Bahiana de Medicina, “a higienização das mãos com água e sabão é uma medida extremamente eficaz para ajudar na prevenção de boa parte das doenças infectocontagiosas”.
Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos explicam que, apesar do álcool em gel poder complementar a higiene das mãos, ele não substitui a lavagem com água e sabão, especialmente para o Clostridioides difficile.
“Principalmente o ato de friccionar as mãos é extremamente importante”, reforça Reis.
A higienização profissional das superfícies também é determinante para evitar a propagação de doenças infecciosas.
Produtos e métodos adequados para limpeza
A escolha dos produtos de limpeza profissional deve ser feita com base em sua eficiência contra microorganismos específicos. Heitor Mazziero, coordenador de marketing Grupo Bralimpia e Renko destaca que “o norovírus, diferentemente da Covid, tem uma camada de proteção, o capsídeo, formado por proteínas, e por isso o álcool gel não é eficiente na eliminação desse microrganismo”.
Isso reforça a necessidade de utilizar desinfetantes apropriados, que comprovadamente eliminam esse tipo de patógeno.
“As empresas idôneas disponibilizam laudos de eficiência, determinando o tempo de contato e a diluição para determinados microorganismos”, completa Mazziero.
Além da escolha correta de produtos, a frequência da higienização também é um fator determinante.
Ambientes com grande fluxo de pessoas exigem cronogramas rígidos de limpeza, higienização e desinfecção.
“Cada gestor deve determinar, com base no fluxo de pessoas, a frequência ideal”, diz ele.
O especialista acrescenta que a limpeza profissional deve seguir um processo em duas etapas:
“é importante falar sobre limpeza e desinfecção, porque primeiro é necessário retirar sujidades aderidas nas superfícies e depois realizar a desinfecção”.
Um fator que muitas vezes passa despercebido é a formação de biofilmes, que são camadas de microrganismos aderidos às superfícies e que podem comprometer a eficácia da higienização.
“Existe um fenômeno chamado biofilme, onde camadas de bactérias ou mesmo de produtos destinados à limpeza e desinfecção podem criar uma barreira na superfície, impedindo que você realmente faça a higienização perfeita”, alerta Mazziero.
Procedimentos corretos para uma higienização eficiente
A limpeza profissional não se resume apenas à escolha dos produtos corretos, mas também à aplicação das técnicas adequadas.
Mazziero destaca que a higienização de superfícies deve ser realizada com “movimentos unidirecionais, nunca fazendo movimentos circulares, porque senão você só espalha as sujidades e as contaminações”.
Além disso, a ordem da limpeza deve seguir um fluxo específico: “a limpeza dos ambientes deve começar do ponto mais longe da saída, indo em direção à mesma, e seguindo a ordem teto-parede-piso”.
Essas boas práticas garantem que a contaminação seja reduzida ao máximo. Outro aspecto fundamental é a higienização das mãos dos profissionais responsáveis pela limpeza.
“Não adianta um operador limpar uma superfície com a mão suja”, adverte Mazziero. Além disso, a correta higienização de alimentos também é essencial, principalmente os que são consumidos crus.
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