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Gestão emocional: o segredo para equipes mais fortes e líderes mais estratégicos

Alessandra Lazarin, especialista em liderança humanizada, explica como a inteligência emocional pode transformar o ambiente de trabalho e gerar resultados sustentáveis.

Em um mundo corporativo cada vez mais dinâmico e exigente, a gestão emocional se tornou um dos principais fatores de sucesso para líderes e equipes. Mais do que uma habilidade complementar, ela é hoje o alicerce para decisões assertivas, ambientes harmônicos e alta performance. Para Alessandra Lazarin, especialista em liderança humanizada, potencializadora de pessoas e negócios e CEO da Royal School, a gestão emocional é o que sustenta ambientes organizacionais produtivos, éticos e saudáveis. “A gestão emocional é a capacidade de reconhecer, compreender e direcionar as próprias emoções com consciência e responsabilidade. No trabalho, essa habilidade é o alicerce invisível que sustenta tanto a saúde mental das equipes quanto a clareza nas decisões estratégicas”, afirma Lazarin.

Segundo Alessandra, líderes que não dominam suas emoções correm o risco de criar ambientes tensos e reativos, impactando diretamente o clima organizacional e a qualidade das entregas. Por outro lado, líderes emocionalmente maduros são capazes de manter o foco sob pressão e inspirar estabilidade mesmo em momentos críticos. “Cuidar do emocional não é algo extra. É parte essencial da construção de um ambiente produtivo, ético e sustentável”, destaca a especialista, que também é coautora do livro Empreendedorismo: Conselhos de quem faz acontecer.

Para promover o bem-estar emocional nas equipes, Alessandra recomenda estratégias simples e práticas que podem ser incorporadas no dia a dia. Entre elas, o olhar apreciativo — reconhecendo e valorizando atitudes positivas —, a criação de espaços seguros para conversas honestas e a celebração de pequenas vitórias. “O bem-estar da equipe começa no coração de quem lidera. Quando um líder se cuida, ele lidera melhor. E, quando ele lidera de forma humanizada, transforma o ambiente, não pelo esforço, mas pela presença”, reforça Alessandra.

Investir em inteligência emocional é também um diferencial competitivo importante para as empresas, especialmente em setores como o de limpeza profissional, onde o clima interno influencia diretamente a qualidade dos serviços. “Ambientes onde as pessoas se sentem emocionalmente seguras geram maior produtividade, inovação e compromisso. Não se trata apenas de cuidar da imagem externa, mas de construir uma cultura verdadeira e sustentável”, explica a especialista, citando estudos da Harvard Business Review, que apontam que funcionários com alto quociente emocional têm 58% mais probabilidade de ter um desempenho excepcional.

A comunicação empática e a escuta ativa são pilares nesse processo. De acordo com Alessandra, elas são ferramentas essenciais para fortalecer a confiança e o engajamento. “A comunicação empática vai além do que é dito: é sentir e perceber as emoções do outro sem julgamentos. E a escuta ativa exige presença genuína, percebendo o que é dito e também o que não é dito. Assim, criamos espaços de confiança.”, exemplifica Alessandra.

Lazarin também compartilha casos práticos em que a gestão emocional fez a diferença. Em uma empresa de marketing, por exemplo, a implementação de um programa de inteligência emocional reverteu um ambiente tóxico em uma cultura de colaboração e alta performance. “Quando a liderança entende que a transformação emocional é um processo contínuo e estratégico, a empresa não apenas melhora seus resultados, mas se torna um lugar onde as pessoas realmente desejam estar e crescer”, finaliza a especialista.

Alessandra Lazarin

A ABRALIMP reforça a importância da liderança humanizada e da gestão emocional como pilares para o fortalecimento e a evolução das organizações. 

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