Dia Mundial da Limpeza: data serve para conscientizar e debater novos caminhos

Em 16 de setembro, o Dia Mundial da Limpeza alerta para necessidade de preservar o planeta e construir futuro sustentável

Está chegando: neste sábado, 16 de setembro, é celebrado o Dia Mundial da Limpeza. A data, para além da celebração dos profissionais da área, serve para um importante ponto de atenção: um alerta para a responsabilidade coletiva de preservar o planeta e construir um futuro sustentável.

Ricardo Nogueira, presidente executivo da Abralimp
Ricardo Nogueira, presidente executivo da Abralimp

“O Dia Mundial da Limpeza traz ações em várias partes do mundo para engajar as pessoas nesse propósito da limpeza”, contextualiza Ricardo Nogueira, presidente executivo da Associação Brasileira do Mercado de Limpeza Profissional (Abralimp). “É preciso lembrar as pessoas que ambientes limpos são seguros e saudáveis, ainda mais nos tempos de hoje, quando o invisível, depois da pandemia, nos preocupa também”.

O World Clean Up Day é realizado todo ano, no terceiro sábado de setembro, desde 2018 — 197 países e territórios participam das ações, que contaram com mais de 71 milhões de voluntários que removeram mais de 344.500 mil toneladas de resíduos de rios, praias, praças, mangues, ruas etc.

Em 2023, no dia 16 de setembro, milhares de voluntários irão se mobilizar para fazer a limpeza em diferentes locais. É uma forma de educar a população para o descarte correto de resíduos e sobre os efeitos negativos do descaso com o lixo.

Descarte irregular

As atividades promovidas na data surgem como proposta para transformar o comportamento das pessoas em relação à limpeza.

Edmilson Pereira de Assis, presidente da Febrac
Edmilson Pereira de Assis, presidente da Febrac

“O descarte irregular de resíduos representa um desafio mundial premente que exige atenção imediata e ação direta de todos nós, pessoas e instituições”, ressalta Edmilson Pereira de Assis, presidente da Federação Nacional das Empresas Prestadoras de Serviços de Limpeza e Conservação (Febrac). Para ele, a conscientização da população é o pontapé inicial para reduzir os diversos impactos ambientais causados pela atividade humana. 

Afinal, ao longo dos anos, o efeito nocivo do descarte incorreto do lixo resultou em doenças e prejuízos expressivos, tanto no âmbito ecológico quanto social.

“O problema do descarte irregular parece estar no contexto cultural. É iminente a necessidade de investimento pesado em políticas públicas para que existam locais adequados de coleta e separação de materiais sólidos, em todo o Brasil, além de campanhas educativas, com efetiva conscientização sobre os impactos negativos do descarte irregular do lixo”, alerta Assis.

André Santos Filho, presidente do Siemaco-SP
André Santos Filho, presidente do Siemaco-SP

Para André Santos Filho, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Prestação de Serviços de Asseio e Conservação e Limpeza Urbana de São Paulo (Siemaco-SP), a ocasião é extremamente relevante para os trabalhadores do setor de limpeza urbana. Além disso, reforça que é uma oportunidade de valorizar os profissionais que enfrentam condições desafiadoras para manter as cidades limpas e habitáveis.

“A data serve como um lembrete para a sociedade da importância dos serviços de limpeza na manutenção da saúde pública, no bem-estar dos cidadãos e na preservação do meio ambiente”, destaca o executivo do setor.

Data para conscientização

Nos últimos anos, observa-se um aumento na conscientização sobre a importância da limpeza urbana e da gestão de resíduos no Brasil, por meio de campanhas educativas, avanços na legislação e uma maior sensibilidade por parte do público.

Entretanto, a informalidade no setor, o descarte irregular de resíduos e a falta de equipamentos de proteção para os trabalhadores são questões que ainda necessitam de atenção.

Rui Monteiro, presidente do Seac-SP
Rui Monteiro, presidente do Seac-SP

Rui Monteiro, presidente do Sindicato das Empresas de Asseio e Conservação no Estado de São Paulo (Seac-SP), diz que ocasiões como o Dia Mundial da Limpeza evidenciam a necessidade da limpeza no contexto da sociedade.

“Limpeza é saúde, mas muitas pessoas ainda não conseguem entender essa relação. Não é só ter a beleza do ambiente, mas um lugar que seja limpo, saudável e que possa evitar a propagação de doenças”, argumenta Monteiro.

Para ele, ainda há muito que evoluir, principalmente pelo fato de, no Brasil, a contratação de serviços, tanto públicos como privados, ainda ser guiada pelo preço no lugar da qualidade.

Monteiro ressalta que a limpeza é um assunto invisível no dia a dia e que, por isso, tem grande valor a conscientização da população para a sua essencialidade.

“Espero que a conscientização sobre a limpeza, de forma geral, evolua na cultura de nosso país, para que consigamos melhorar nossos índices”, enfatiza.

Nesse sentido, a educação assume um papel fundamental para que a limpeza e a sustentabilidade caminhem juntas.

“Muitas vezes temos o despejo de resíduos em locais inapropriados, como rios e praças, descartados pelos próprios frequentadores. O trabalho de conscientização não pode parar. E as pessoas precisam saber que a limpeza está diretamente ligada à saúde”, reforça Monteiro.

Para saber mais sobre sustentabilidade e sobre as práticas ambientais, sociais e de governança (ESG, na sigla em inglês), conheça a agenda de cursos da UniAbralimp.

Educação é fundamental para que a limpeza e a sustentabilidade caminhem juntas

Fonte: Abralimp

Foto: Depositphotos / Pexels

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