Três dicas para desenvolver e reter novos talentos no mercado da limpeza

Mudanças tecnológicas e comportamentais exigem novas estratégias das empresas para capacitar seus profissionais

Um dos desafios da atualidade é preparar talentos para trabalhar num mercado que incorpora a transformação digital e novas tecnologias. E para o universo da limpeza profissional a dificuldade não é diferente.

A pergunta que todos fazem é: como será daqui para frente? O que esperar da formação e capacitação dos profissionais diante das demandas e mudanças tecnológicas?

Quem participou da palestra “Preparando talentos para o novo mercado”, na Área do Conhecimento Azul da 28ª Higiexpo, teve algumas respostas com Alexandre Max, CEO da Vivae Educação.

Para ele, os desafios partem de um cenário bastante particular, marcado pela revolução digital.

“Maquinários autônomos, drones de serviços de limpeza e tantas novidades nos levam a questionar como ficam os profissionais, os novos talentos e como capacitar para vencer nesse ambiente”, ponderou.

Desenvolvimento das habilidades

Nesse sentido, diz que o primeiro ponto a ser entendido é que o desenvolvimento de habilidades mudou completamente.

Em resumo, já não é mais a habilidade técnica que o profissional traz que importa, mas a que ele pode desenvolver aprendendo o tempo todo, colhendo permanentemente conhecimento para o que precisa executar.

“Aquilo que se conhece hoje em seis meses pode não servir. Isso gera insegurança, ansiedade e medo de ficar obsoleto. E esse medo só é convertido em oportunidade buscando conhecimento”, afirma.

O segundo grande desafio da atualidade é o que Max chama de epidemia da distração, que são os impactos proporcionados pelas telas. “As pessoas perderam a habilidade de permanecer um tempo focadas em um único assunto”, constatou ao acrescentar que “estamos viciados em coisas que nos distraem o tempo todo”.

Tal comportamento é responsável por levar a erros no trabalho e reduzir a comunicação, por exemplo.

O desafio dos novos ambientes de trabalho

Max insere como terceiro elemento as próprias mudanças do ambiente de trabalho, obviamente potencializadas pela pandemia, com empresas remotas ou híbridas que aumentam a falta de interação entre pessoas.

Por fim, cita o choque de gerações. “Temos visto estudos sobre a importância da diversidade dentro dos times e organizações e a questão etária é uma das que mais chamam atenção. O mais experiente tem medo de se tornar obsoleto, o mais novo se sente pressionado por trazer as novidades tecnológicas”, compara.

Essas diferenças parecem criar um abismo, em que os jovens não absorvem a experiência do mais velho justamente pela falta da convivência.

Estratégias para desenvolver e reter talentos

Nesse cenário, Max indica algumas estratégias para as pessoas e empresas a fim de minimizar dificuldades e ampliar a experiência de novos talentos:

1. Desenvolver conhecimento multidisciplinar e contínuo em prol das habilidades técnicas e verificar como contribuir para o colaborador aprender coisas novas. “Muitas vezes a habilidade da pessoa em aprender coisas novas é mais importante que o talento”, ressalta.

2. Ter atenção para o tema da saúde mental, que gera ansiedade, medo e isso faz com que as pessoas travem. “Para chegar ao novo é preciso ter apetite para o erro e tomada de riscos. Quando não se sabe o que vai ocorrer na empresa, o medo de errar aumenta e faz com que a inovação não aconteça”, analisa.

3. Vencer o problema da falta de construção da cultura da organização. Existe dificuldade de traduzir para as equipes qual o propósito, esclarecer as razões de o profissional estar inserido naquele negócio.

Alexandre Max (E.), CEO da Vivae Educação, com Sacha Haim, vice-presidente executivo da Abralimp

Comunicação, um caminho importante

Max questiona o quanto se investe nos times para que estejam aptos ao desenvolvimento. E destaca que existe resistência nas organizações para ouvir e dar espaço para quem quer inovar.

“Muitas vezes a solução pode estar na própria organização, daí a importância de abrir espaços para comunicações”, enfatiza.

Segundo Max, é necessário que as empresas criem canais de comunicação mais abertos, para todos os níveis hierárquicos.

“Em pesquisas, percebemos que lideranças se sentem ouvidas, enquanto profissionais de outras áreas, muitas vezes os que estão mais próximos do cliente, como é o caso das empresas de limpeza, não é ouvido e ele tem informações valiosas que a empresa pode usar para melhorar até a maneira como ela atua”, relata.

Ele defende que levar um problema para a empresa possibilita saber em que é necessário desenvolver uma solução.

Também enfatiza a importância de oferecer trilhas de conhecimento para os mais jovens.

Sem dúvida, capacitar pessoas é cada vez mais relevante para o sucesso das organizações.

Quem atua no mercado da limpeza profissional pode contar com a UniAbralimp para a capacitação e obtenção de conhecimento.

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E prepare-se para a Higiexpo 2026, que terá nova data, de 20 a 22 de outubro, e novo endereço, no Centro de Exposições Distrito Anhembi (Av. Olavo Fontoura, 1209 – Santana, São Paulo).

Fonte: Abralimp

Fotos: Abralimp

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