CURIOSIDADES: quais foram os primeiros instrumentos de limpeza?

Uma jornada pela história dos instrumentos de limpeza revela a relação entre inovação, cultura e sustentabilidade

As práticas de higiene e limpeza se transformaram ao longo dos séculos, moldadas por fatores culturais, sociais e tecnológicos. Desde os rudimentares utensílios de épocas antigas até as modernas máquinas automatizadas, a evolução dos métodos de limpeza reflete não apenas as necessidades da sociedade, mas também as inovações que surgiram para atendê-las.

Por exemplo, os primórdios da limpeza remontam a tempos em que a humanidade utilizava ferramentas simples e naturais para manter seus ambientes habitáveis. Para voltar um pouco mais no tempo e entender como esses instrumentos evoluíram, é necessário saber mais sobre a prática da limpeza.

Durante a Idade Média, surgiram técnicas de limpeza mais sofisticadas, com a introdução do sabão e a utilização de produtos químicos que começaram a ser empregados na Renascença. Nessa época, o conceito de limpeza estava profundamente ligado ao status social.

Primeiros instrumentos

Os primeiros instrumentos de limpeza utilizados pelas civilizações antigas eram bastante rudimentares e feitos a partir de materiais naturais disponíveis na época. O sabão, um dos produtos de higiene mais antigos, era fabricado a partir de cinzas de madeira e gordura animal. Nos povos antigos, a lavagem das roupas acontecia em banheiras de madeira, muitas vezes localizadas perto de rios ou riachos, o que facilitava o processo de enxágue. Os franceses e os alemães foram os pioneiros no uso do sabão.

Além disso, gregos e povos orientais também utilizaram essa técnica para a produção de pomadas e unguentos medicinais, aplicados sobre a pele para diversos fins, como hidratação, proteção ou tratamento de feridas e inflamações. No segundo século d.C., os árabes já mencionaram o sabão como um meio eficaz de limpeza.

Contudo, foi apenas no século 19 que ele começou a ser comercializado como produto de consumo na França, onde surgiu o primeiro sabão industrializado.

Vassouras e esponjas

Segundo o livro A história da limpeza profissional no Brasil, escrito por Marlene Suano e João Manoel S. Bezerra de Meneses, sob coordenação de Salvator Licco Haim, as primeiras vassouras, existentes há milênios, eram feitas de ramos que resistiam a um tipo de fricção. Eram comuns em diversas civilizações antigas, como a China. Com o tempo, esse instrumento evoluiu, tornando-se ainda mais útil.

Outros instrumentos, como esponjas, eram utilizados pelos antigos romanos para limpar durante os banhos públicos. Essas esponjas, chamadas de xilospôngio, ou tesório, eram geralmente de origem natural, coletadas do mar e presas a uma vara.

Alguns tipos de tecidos também eram usados para limpar superfícies e para secar-se após o banho. Já na China antiga, usavam as palhetas de bambu para limpar superfícies e, em alguns casos, remover sujeira do corpo.

Evolução da limpeza

A Revolução Industrial (1760-1840) trouxe consigo uma nova era para a limpeza. Aquilo que era feito à mão, como um produto artesanal, passou a ser produzido em grande escala.

As vassouras evoluíram para metal e plástico, além da invenção de máquinas de limpeza — o que transformou as rotinas domésticas e industriais.

Na época, a urbanização acelerada, consequência da industrialização, demandou soluções mais eficientes para a limpeza de grandes centros urbanos. O avanço do conhecimento científico, como a teoria germinal das doenças, elevou a conscientização sobre a importância da limpeza e resultou em ferramentas mais eficazes e adaptadas às novas necessidades.

Hoje, o futuro da limpeza está intimamente ligado ao avanço tecnológico. A incorporação de novas tecnologias, como motores elétricos e eletrônicos, já transformou os equipamentos de limpeza, e as inovações emergentes, como inteligência artificial, tecnologias autônomas e bioquímicas, e prometem uma nova era de eficiência.

Nas últimas décadas, a preocupação com a sustentabilidade impulsionou a criação de produtos biodegradáveis e embalagens recicláveis, atendendo à demanda crescente por soluções ecologicamente corretas. Essas tecnologias melhoram a eficácia dos processos de limpeza e contribuem para a redução do impacto ambiental, alinhando-se às demandas por soluções mais sustentáveis.

Colaborou com informações para este texto Fabio Prado, diretor da Câmara Setorial de Fabricantes e Importadores de Máquinas.

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Fonte: Abralimp

Fotos: Wikipédia