A importância da higienização em tempos de Covid-19
Live destacou o olhar atento que as equipes de limpeza estão dispensando aos ambientes diante da pandemia
Com o avanço da pandemia muitas dúvidas têm surgido e uma live foi realizada com a participação de Carolina A. C. de Mello, CEO do Grupo MilClean; Nathalia Ueno, vice-presidente administrativo-financeira da Abralimp e CEO do Grupo Paineiras e Renato Rattis, diretor de Facilities da Abralimp e gerente comercial da Leccor para ajudar o público com o compartilhamento de experiências dos mediadores.
Na abertura os participantes contaram um pouco como está a rotina de cada um e o andamento das atividades com a pandemia, destacando a importância dos processos de limpeza no atual contexto. Em especial, enfatizaram o papel dos profissionais que estão na linha frente atuando na correta higienização dos ambientes.
Unanimidade entre os três mediadores, as novas dificuldades servirão para fortalecer ainda mais o setor. Dúvidas e incertezas foram listadas, assim como também foi ressaltado o fortalecimento da comunidade da Abralimp, que potencializou a aproximação entre as empresas e consolidação do setor através da interação via grupos de WhatsApp e grupos de trabalho dedicados ao levantamento de informações relevantes a todo o setor. A constante interação e compartilhamento de experiências têm colaborado para o dia a dia dos profissionais.
A primeira questão trazida ao webinar foi como a limpeza está sendo feita com a Covid-19. Carolina Mello destacou a diferença entre a simples limpeza e a desinfecção para garantir um ambiente livre de contaminação e contou como sua equipe tem utilizado o pulverizador (após a limpeza) para aplicação de produtos específicos para aumentar a desinfecção.
As diferenças entre higienização X desinfecção foram esclarecidas no intuito de mudar o olhar do profissional de limpeza, de modo a transmitir o rigor requerido em outras áreas mais sensíveis e que a partir desse momento deve estar presente em todos os ambientes durante a pandemia, com a inclusão de critérios mais apurados na rotina da limpeza para assegurar o combate da proliferação do coronavírus.
Os participantes também chamaram a atenção, que, apesar do rigor nos protocolos de limpeza, se alguém infectado acessar o ambiente já limpo será contaminado. Com isso, não há garantia de total isenção do vírus, a menos que as pessoas utilizem barreiras de proteção. A colocação foi feita para que tanto prestadores como tomadores de serviço estejam cientes da abrangência do vírus e da importância dos processos.
Outra pergunta feita ao grupo e respondida no ar foi quais são as principais superfícies de contato que precisam ser higienizadas para evitar a proliferação do coronavírus. Os mediadores indicaram locais como maçanetas, botões de elevador, portas de entrada, botões de descarga e dispensers de produtos de higiene, etc.
A sugestão apontada é adequar o fluxo de procedimentos de acordo com a movimentação de pessoas no ambiente. Também foi ressaltada a importância da colaboração dos usuários dos espaços para auxiliar na prevenção.
A utilização de produtos certificados pela ANVISA, de acordo com a composição de diluição indicada pelos fabricantes também se constituem outra importante ferramenta para intensificar o cuidado da limpeza.
O ambiente hospitalar tem especificações que não podem ser adotadas em ambientes corporativos. O tema veio à tona para indicar que o cuidado diário e o olhar atento às superfícies de contato devem ser o principal norte para as equipes de limpeza. Mas não há uma regra. Em ambientes onde há contaminação é preciso intensificar os procedimentos, portanto não há uma periodicidade padrão. O que há deve haver é maior rigor para evitar a propagação do coronavírus.
A importância dos EPI´s e a correta utilização dos equipamentos também foi ressaltada no webinar com sugestões para atualização diária junto aos órgãos de saúde, assim como os itens devem ser orientados por especialistas para que os profissionais estejam devidamente protegidos.
Os produtos utilizados mudam para o combate à Covid-19? Essa foi outra pergunta lançada para os mediadores, que discorreram sobre o tema e alertaram que o álcool gel deve ser utilizado para desinfecção das mãos. Superfícies devem ser higienizadas utilizando químicos específicos e correta diluição.
Quais os impactos da pandemia para o setor foi outro ponto de grande atenção durante a live. Os mediadores ponderaram que a crise gerada pela Covid-19 que cada caso, cada cliente precisa ser avaliado para que as negociações possam trazer melhores resultados para ambos os lados. O consenso é que decisões são difíceis de serem tomadas durante esse momento, mas a valorização das equipes é fundamental para atravessar a pandemia. Uma grande lição será tirada quando tudo isso passar.
Agradecimento especial à FS Educa e Abralimp pelo apoio à realização da live.
Abralimp Responde
Abaixo, a Abralimp responde perguntas que chegaram por meio do chat via Zoom e Youtube e que não puderam ser atendidas pelos palestrantes no momento da live, devido ao tempo excedido.
E a desinfecção por luzes ultravioleta? Vocês já utilizam?
Resposta: Não utilizamos por não haver um estudo que comprove a sua eficácia contra o Covid-19. Nos baseamos em protocolos de higienização e desinfecção orientados pela ANVISA, que preconiza o uso de produtos saneantes devidamente registrados.
Vejo muitas pessoas utilizando álcool em gel 70% para desinfecção de superfícies. Existe alguma eficácia?
Resposta: O álcool 70% possui eficácia, porém recomenda-se que a superfície seja higienizada antes com limpador que remova os níveis de sujidade da superfície para obter melhor ação.
Sobre a desinfecção de carpetes, qual seria o procedimento de higienização que vocês recomendam antes da desinfecção?
Resposta: Recomenda-se sistema de higienização de carpete a seco. Existe maquinário profissional para executar a limpeza profunda, fazendo aspersão de partículas, poeiras, ácaros e até do Covid-19. Por possuir filtro hepa (High Efficiency Particulate Arrestance) retém 99,99% dessas partículas de volta ao ar – o que garante um altíssimo nível de proteção contra doenças transmitidas pelo ar.
Eu uso Lysoform puro. É correto?
Resposta: O fabricante do Lysoform informa que o produto mata 99,9% dos germes e bactérias. Porém, o produto não tem uma eficácia comprovada contra o coronavírus. É preferível escolher outros produtos que sabemos ser mais eficazes. Para o uso doméstico pode-se usar detergentes, água sanitária, multiuso e desinfetante de uso geral. Recomenda-se sempre ler o rótulo para diluição e verificar tempo de ação na superfície para efeito desinfetante. Para linha profissional, a Abralimp publicou uma lista de saneantes autorizados pela Anvisa aqui.
No processo de higienização de um sofá ou interior de carro, o procedimento é primeiro fazer uma aspiração de todo o item e depois aplicar os produtos. Com o risco do vírus, essa ordem pode ser mudada?
Resposta: Na limpeza profissional sempre fazemos aspiração como item importante na higienização carpetes, sofás ou carros. Para a remoção das partículas de sujidades, recomenda-se uso de aspiradores com filtro hepa (High Efficiency Particulate Arrestance), que retém 99,99% dessas partículas de volta ao ar – o que garante um altíssimo nível de proteção contra doenças transmitidas pelo ar. O que muda é o cuidado na realização da higienização do equipamento após execução do trabalho, pois as partículas de sujidades ou vírus estão retidas no equipamento. Recomenda-se usar EPI`s como luvas, máscaras, avental e usar produto desinfetante para higienização.
A grosso modo, quanto tempo em média considera o efeito residual do quaternário de amônio?
Resposta: Os fabricantes de químicos informam prazo de até 72 horas.
Os produtos desinfetantes têm ação duradoura… após execução dos serviços? Se tiver… quanto tempo?
Resposta: Temos várias classes de composição química para desinfetante, que vária o tempo de ação na superfície. Por isso, é necessário sempre consultar o rótulo do produto para saber o tempo de ação e duração do efeito residual.
Clique aqui e acesse o webinar!
NOTA TÉCNICA
Conforme amplamente divulgado, entre os Associados e nas redes sociais, a ABRALIMP promoveu, no dia 15/04/2020, através de uma Webinar, um encontro com alguns especialistas em higienização hospitalar, para uma troca de experiências sobre as ações de limpeza nesses ambientes, em tempos de pandemia.
Durante a Live, foram abordados procedimentos técnicos e legais exigidos pela ANVISA, para validação e certificação de produtos químicos saneantes com ação antimicrobiana, notadamente, no que se refere aos laudos emitidos por laboratórios acreditados em normativas sanitárias.
A ABRALIMP vem, por meio desta NOTA, e a quem interessar possa, prestar esclarecimentos específicos sobre laudos de ensaios para registro de produtos saneantes. Para tanto, basta acessar o vídeo, através do
link abaixo:
https://www.youtube.com/watch?v=M8OQAMg9IDI
Fontes: ABRALIMP – Associação Brasileira do Mercado de Limpeza Profissional.
Fotos: Divulgação.